tag:blogger.com,1999:blog-42089607332438034472024-03-13T01:32:30.661+00:00Ser padre entre Castro e a PenedaEste blog narra as experiências, os desabafos, os gostos, as tristezas e as esperanças de um jovem padre (católico) ao serviço de Deus e do Seu povo.Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.comBlogger89125tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-83216699075888296602011-06-22T20:41:00.000+01:002011-06-22T20:41:45.143+01:00Método do discernimento teológico-pastoral da peregrinação<div style="text-align: justify;">Sabemos que o tempo presente não é de cristandade (se é que alguma vez foi) mas o tempo da procura, da busca (pessoal e comunitária) e do sair ao encontro e, por isso, a Igreja (Povo de Deus/Comunhão) tem que usar novos modelos e novos métodos na sua acção. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O presente texto pretende ser uma resposta ao repto lançado pelo Professor de Metodologias de Investigação em Pastoral no sentido de fazer uma proposta metodológica renovada que englobe as técnicas da recolha de dados da pesquisa qualitativa na esteira do Método do Discernimento proposto por Sérgio Lanza. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É neste contexto que proponho o Método de discernimento teológico-pastoral da peregrinação. Não iremos aprofundar exaustivamente a questão mas, apenas, traçar algumas perspectivas e possibilidade de desenvolvimento deste método.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1) Peregrino é aquele que sai do seu contexto, da sua vida e parte em busca do diferente, do outro, do inaudito. Esta dinâmica de saída e afastamento, de procura e de encontro está continuamente presente na história da humanidade. O ser humano parte em busca do outro, do Totalmente Outro – Deus – e de um Deus que em Jesus Cristo sai de si mesmo e encarna, torna-se humano, fazendo a maior peregrinação de todas. O ser humano é, em si mesmo, peregrino e a Igreja, composta por humanos, tem que encarnar o paradigma da atitude peregrina como modo do seu ser. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2) Podemos sintetizar a metodologia proposta por Sérgio Lanza (já anteriormente apresentada, remetemos mais desenvolvimentos para http://padrecesarmaciel.blogspot.com/2011/01/metodologias-na-teologia-pratica.html) em três passos: análise e avaliação; decisão e projecção; acção e verificação. Passos, estes, a desenvolver numa perspectiva crente, isto é, sob acção do Espírito Santo e na esteira da Teologia da Comunhão preconizada pelo Concílio Vaticano II.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3) A nossa proposta passa por introduzir o paradigma da peregrinação no método do discernimento de Lanza. O peregrino antes de se pôr a caminho analisa e avalia as possibilidades de levar a cabo a peregrinação. Avalia a sua situação concreta (os prós e os contras) e só depois decide e projecta a sua própria peregrinação (etapas, alojamento) e se põe a caminho. No caminho segue os planos e adapta-se ao possível, às circunstâncias para que sua caminhada seja possível e lhe traga realização e não frustração. Quando termina avalia e verifica em que medida cumpriu os objectivos e os planos (mais interiores que exteriores) para aquela peregrinação. Uma pastoral sob esta perspectiva está aberta ao outro, às franjas da sociedade, ao diferente, interroga e interroga-se numa adaptação permanente, apenas focada no essencial. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para concluir podemos dizer, que na nossa perspectiva, uma pastoral afinada por este diapasão permite que a comunidade e cada crente que a compõe faça a sua própria caminhada, coloque as suas dúvidas e as suas dificuldades permitindo a construção de biografias crentes mais do que um ‘modelo’ uniforme e oficial para todos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quanto a esta Unidade Curricular podemos dizer que nos permitiu conhecer e abrir horizontes metodológicos para a acção pastoral, ainda muito centrada na manutenção e pouco habituada ao projecto, à programação e consequente realização e avaliação. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-27264362675967574662011-04-29T16:21:00.000+01:002011-04-29T16:21:49.978+01:00Capela das Cainheiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-ua1KBKXPfU0/TbrV31etxmI/AAAAAAAAAM4/rLnL_YTjDMo/s1600/IMG_3268.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" j8="true" src="http://3.bp.blogspot.com/-ua1KBKXPfU0/TbrV31etxmI/AAAAAAAAAM4/rLnL_YTjDMo/s320/IMG_3268.JPG" width="320" /></a>Actual;</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-XLcMtI0ZyKY/TbrWXYzHvAI/AAAAAAAAAM8/0L5Hk3xRa8E/s1600/IMG_0630.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="199" j8="true" src="http://3.bp.blogspot.com/-XLcMtI0ZyKY/TbrWXYzHvAI/AAAAAAAAAM8/0L5Hk3xRa8E/s320/IMG_0630.JPG" width="320" /></a>Antigo;</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">A capela de Nossa Senhora da Bosvista no lugar das Cainheiras (Castro Laboreiro) tem um novo altar/retáblo que foi benzido na Eucaristia de Segunda-feira de Páscoa. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Foi com alegria que demos mais este passo na recuperação e preservação do património de cariz religioso da Paróquia de Castro Laboreiro .. se Deus quiser (e os homens) é para continuar!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-20724087986913762782011-03-05T22:01:00.000+00:002011-03-05T22:01:18.196+00:00Carnaval em Castro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/-GF8MV1xZj5M/TXKwTRze4wI/AAAAAAAAAMo/UtVoV03x90s/s1600/IMG_2749.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" l6="true" src="https://lh6.googleusercontent.com/-GF8MV1xZj5M/TXKwTRze4wI/AAAAAAAAAMo/UtVoV03x90s/s320/IMG_2749.JPG" width="287" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh5.googleusercontent.com/-3R3ClO2UJAY/TXKwrzvX_KI/AAAAAAAAAMs/MV1pH4rkIms/s1600/IMG_2748.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" l6="true" src="https://lh5.googleusercontent.com/-3R3ClO2UJAY/TXKwrzvX_KI/AAAAAAAAAMs/MV1pH4rkIms/s320/IMG_2748.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh4.googleusercontent.com/-cmP1ZUWB7as/TXKxHMt5_4I/AAAAAAAAAMw/x9Jc1vRI4v0/s1600/IMG_2738.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" l6="true" src="https://lh4.googleusercontent.com/-cmP1ZUWB7as/TXKxHMt5_4I/AAAAAAAAAMw/x9Jc1vRI4v0/s320/IMG_2738.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh5.googleusercontent.com/-DGuDfPvT1x8/TXKxtMpKMnI/AAAAAAAAAM0/qNWcnTw5v_s/s1600/IMG_2752.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" l6="true" src="https://lh5.googleusercontent.com/-DGuDfPvT1x8/TXKxtMpKMnI/AAAAAAAAAM0/qNWcnTw5v_s/s320/IMG_2752.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">As fantasias de Carnavais de outros tempos bateram-me à porta!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Fantasias tradicionais em castro Laboreiro!</div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-40337316611106932632011-02-05T15:15:00.000+00:002011-02-05T15:15:30.580+00:00Cheque ensino<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Nunca, como nos últimos tempos, se ouviu falar tanto de Educação em Portugal na luta entre o ensino estatal e o ensino privado.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Nunca, como nos últimos tempos, se fez uma guerra ridícula aos estabelecimentos de ensino privados em Portugal. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">A senhora Ministra da Educação, que em alguns casos tem razão, perdeu o norte e ‘mete tudo no mesmo saco’ em prol da escola estatal.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Está tudo errado! Estará tudo errado? </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Importa deixar as manifestações e as guerras entre ensino privado e estatal ou entre colégios com acordo de ensino público. A questão é muito mais profunda. De facto o ensino universalizou-se mas, ao mesmo tempo, cresceu o insucesso e a incompatibilidade de muitos jovens ao sistema ‘único’ de ensino. Porquê impor o mesmo sistema de ensino a pessoas diferentes e com interesses diferentes? Os pais não poderão interferir na educação dos seus filhos?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">A função do Estado não é impor a escola pública mas possibilitar que todos os cidadãos (de direita, de esquerda, anarquistas, católicos, judeus, muçulmanos, budistas) tenham acesso ao ensino. Com base nesta premissa considero que em qualquer nível do ensino (do pré ao pós universitário) não existe liberdade de escolha e muita coisa está errada. O estado deve decidir quanto pode ou quanto quer gastar no ensino de cada cidadão e estes devem poder escolher em que escola e em que modelo querem aprender. Por isso, na minha opinião, o estado deveria estabelecer um valor de ‘cheque ensino’ igual para todos e cada um (cada família) escolhia o considera melhor. Assim as melhores escolas públicas ou privadas estavam ao serviço de todos e potenciavam-se umas às outras na luta por um ensino melhor. E não se diria que o estatal é bom e barato e o privado mau e caro ou pelo menos caro como querem deixar transparecer os senhores do ministério dos quais a Senhora Ministra é fraca porta-voz. Faça-se uma reflexão profunda sobre o ensino! Olhe-se para o ensino noutros países, por exemplo, os nórdicos. E tenha-se a coragem de dizer e decidir que caminho a ou caminhos a seguir em vez de medidas avulsas e discriminatórias. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">(Surge esta reflexão a propósito do dia da Universidade Católica que estes dias se celebra e à luz dos últimos acontecimentos no ensino publico ou de serviço público em Portugal)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TU1pP4QFRLI/AAAAAAAAAMk/kOwOUfgyXv4/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TU1pP4QFRLI/AAAAAAAAAMk/kOwOUfgyXv4/s1600/images.jpg" /></a></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-51951548254892866102011-01-16T19:25:00.000+00:002011-01-16T19:25:31.606+00:00Ser Pai/Mãe: Um processo sempre em construção<div style="text-align: justify;">Na próxima Sexta-feira (21 de Janeiro) às 21 horas na Casa da Cultura de Melgaço a Doutora Maria Cristina Cristo Parente (Professora da Universidade do Minho) vai falar-nos sobre o ser pai/mãe hoje; Vai falar-nos sobre as implicações da paternidade e da maternidade hoje apresentando-nos pistas de reflexão e possibilidades de crescimento enquanto família. Naturalmente que será uma leitura crente mas não só! A Professora Cristina é Doutorada em Psicologia e certamente que a todos ajudará a reflectir com base na psicologia e na sua experiência de mãe! Porque não participar? Porque não crescer? </div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-65196616240306534362011-01-10T18:44:00.000+00:002011-01-10T18:44:07.662+00:00Metodologias na Teologia Prática<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span> <div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-family: Calibri;">Análise do VII Capítulo do livro: </span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-family: Calibri;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Teologia Prática Fundamental – Fazei Vós, Também</i>,</span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-family: Calibri;">José da Silva Lima, ed. UCP, Lisboa 2009, pp. 275-308</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><span style="color: red; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Parte I: Resumo do Capítulo</span></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“A área teológica que nos ocupa não se concretiza senão pela adequação de técnicas de investigação articuladas às finalidades que persegue” (p. 275) para isso a teologia recorre ao sistema de parceria, de diálogo com os diferentes intervenientes sociais apresentando uma referência de transcendência. No diálogo com as ciências sociais a teologia prática dá e recebe, troca e crítica, adquirindo o estatuto de mediadora. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">1)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Da Dedução à Indução. Um novo ponto de partida </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O percurso metodológico centrado no pastor, na ‘cura de almas’, na aplicabilidade da teologia era prioritariamente dedutivo. A teologia prática era vista como secundária ou como conclusiva, já que era dos outros saberes (teologia, bíblia, história) que se deduzia que consequências retirar para a prática eclesial. “Foi assim, até à época do Concílio Vaticano II, uma espécie de apêndice aplicativo da Teologia, produzindo um discurso de teor normativo” (p. 278). Tratava-se de ‘um saber-fazer’ a partir dos outros ‘saberes’. “O tratado era de segunda ordem (do ponto de vista teológico), era aplicativo, normativo e derivado” (p. 278). Este método deu os seus resultados em ambiente de Cristandade ou em regime de ‘civilização paroquial’ como foi Portugal até ao 25 de Abril de 1974.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 72pt; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">1.1)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Transição </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 72pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 72pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A partir do Concílio Vaticano II o procedimento dedutivo foi posto em causa e colocou-se como ponto de partida as práticas eclesiais onde emergem. “O procedimento tornou-se indutivo, «da prática aos saberes» ” (p. 280). “Se, antes, o ponto de partida era constituído pelos dados dogmáticos e pelos princípios ali subjacentes, agora, o ponto de partida alicerçou-se nos dados empíricos das Ciências Sociais e nas correlações possíveis entre eles, fornecidos estes pela Psicologia, pela Sociologia, pela Pedagogia. M. Midali chama-lhe por isso o método dedutivo ao inverso” (p. 281). Esta metodologia trouxe para a Teologia Prática a consciência da necessidade da incarnação dos saberes na realidade sócio-eclesial onde as comunidades vivem. No entanto, é preciso ter presente que estas leituras de perspectiva sociológica ou psicológica não são a realidade em si mesma e por outro lado nada têm de teológico o que pode suscitar diagnósticos ou orientações desajustadas. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 72pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">2)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O método da correlação </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No mundo francófono Marc Donzé propõe um método que apresenta em cinco etapas. “Não preconiza outro ponto de partida diferente do método indutivo, mas propõe a correlação entre duas etapas de teor analítico e outras duas de teor preponderantemente teológico, sem que as primeiras deixem esta perspectiva de lado” (p. 283). Assim, a primeira etapa é a percepção das práticas; a segunda, é análise crítica das mesmas; a terceira, é a correlação, como fase central de todo o processo, onde se confrontam os dados da análise com a Revelação, a tradição e a história; daqui, passa-se à etapa do projecto e, por último, à etapa da verificação, que permite aferir a pertinência do projecto. L Gagnebin criticará esta proposta, no fundo, ele critica quer os métodos dedutivos quer os indutivos por serem demasiado lineares, ou partem da Teologia e chegam a ela. É proposta uma nova via em que todo o processo se torne teológico porque permanentemente inspirado por Deus. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">2.1) Ver, julgar, agir </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Este método usado em muitos Documentos da Igreja, quer universal quer nacional, é uma proposta saída da ‘Revisão de Vida’ da Acção Católica. Neste método “o facto de vida é o ponto de partida, o Evangelho é a referência iluminadora e o objecto é a conversão efectiva e a mudança” (p. 286). “O triplo momento pode explicitar-se como ‘observação pastoral’ (ver), ‘interpretação pastoral’ (julgar) e ‘acção pastoral’ (agir) ” (p. 287). </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">2.2) Caminho empírico-crítico </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">M. Midali apresenta outras modalidades de conjugação ou de correlação entre Indução e Dedução mais próximas de metodologias empírico-criticas. Aqui a prática está presente desde o início até ao fim. Midali apresenta este ‘caminho metodológico’ em seis etapas: 1) descrição da experiencia vivida; 2) atenção crítica à prospectiva e aos interesses; 3) define a prática de correlação de prospectivas entre cultura e tradição cristã; 4) interpretação do sentido e do valor; 5) hermenêutica da própria comunidade; 6) desenvolvimento de orientações e planos para a comunidade particular. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">3)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Métodos de teor projectivo e de discernimento </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">M. Midali apresenta também o ‘itinerário metodológico, teológico, empírico, crítico e projectual’ que articula elementos dos métodos precedentes e que Floristán considera uma adaptação ao campo pastoral do método de ‘revisão de vida’. Midali distingue “três fases de acção: a kairológica, enquanto análise avaliativa das situações concretas; a projectiva (projectual), enquanto projecção da praxis desejada; a estratégia, enquanto programação da passagem a efectuar entre situações dadas e as desejadas” (p. 292). Trata-se de uma proposta de projectualidade teológica-prática em que nenhuma fase é hermética mas correlativa. Esta metodologia tem como novidade o teor teológico do princípio até ao fim, o facto de aplicar o conceito de projecto (dimensão que se aplica nas três fases) e, por último, é uma proposta pneumatológica dado que a leitura de discernimento, a estratégia de acção e a prática desejada não se atinge sem a energia do Espírito.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">3.1) Discernimento teológico-pastoral</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Sergio Lanza segue na linha do proposto por Midali mas chama-lhe de método “do discernimento teológico-pastoral” e apresenta as suas especificações. “S. Lanza está convencido de que a «projectualidade (mentalidade e práticas) e o discernimento (espiritualidade e método) constituem as estradas mestras sobre as quais se dinamiza o renovamento da comunidade cristã» ” (p. 296). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lanza faz uma abordagem às limitações dos métodos precedentes criticando os métodos que preconizam uma ‘utopia tradicionalista’ ou uma ‘utopia futurista’ – “as duas utopias sofrem por avançar numa perspectiva unidireccional e objectivante” (p. 297). Depois da crítica Lanza apresenta o método do discernimento teológico-pastoral que se desenrola em três momentos: análise e avaliação; decisão e projecção; actuação e verificação. O que diferencia Lanza das outras reflexões metodológicas é o seu desenvolvimento reflexivo, ou a sua proposição de discernimento, a sua teologia do discernimento – é um método teológico que leva a um agir responsável, proporciona decisões vitais e opções fundamentais nos diversos níveis da existência cristã. Esta metodologia tem como quadro de referência a eclesiologia de comunhão - o discernimento é feito na comunidade num dinamismo interno que leva à conversão. Para se poder discernir é fundamental acolher o Espírito, preparar-se com humildade e paciência e adquirir competências. “O discernimento é aberto e dinâmico, quando é eclesial, não criando absolutos de experiencia crente, respeitando a liberdade como lugar criacional” (p. 300). Esta metodologia propõe a participação de todos os membros da comunidade numa atitude corresponsável e sinodal tornando-se escola de comunhão, de diálogo, de escuta e de perdão. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">4)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Diálogo com as Ciências Sociais e humanas </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 54pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A Teologia Prática situa-se no cruzamento e numa atitude dialogica entre a teologia sistemática e as ciências sociais e humanas. Este cruzamento e consequente diálogo deu-se a partir da segunda metade do século XX. As Ciências mais procuradas foram a Pedagogia, a Psicologia, a Sociologia, a Antropologia e a História. A relação com a Pedagogia e a Psicologia foi imposta pela necessidade de novas práticas ligadas à Catequese e à aprendizagem enquanto a relação com as outras ciências vai surgindo à medida que a proposta cristã se confronta com a secularização e necessita de dados de teor analítico para prosseguir os seus objectivos. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">4.1) Uma equipa </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“ A Teologia Prática, no diálogo com os saberes sociais e humanos, esforça-se por desvendar o sentido de Deus nas situações concretas. Que se entenda que os momentos metodológicos são três, quatro ou cinco, não tem grande relevância desde que, como acontece em muitos outros, não se esqueça nenhum dos dados a ter em conta: a comunidade e as suas práticas, a leitura crítica interdisciplinar, a projecção de situações novas com sentido (p. 305). Nesta perspectiva Ramiro no seu Tratado de Teologia Pastoral chama atenção para a formação da equipa de trabalho que no seio da comunidade analisa, projecta e avalia as suas acções. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">4.2) Algumas técnicas de recolha </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“Importa não confundir uma metodologia com os processos e técnicas de recolha de Deus. […] Sobretudo no Canadá e em zona francófona (França, Bélgica), os processos mais comummente utilizados referem-se sobretudo a metodologias de índole qualitativa, já que as de índole quantitativa implicam um redobrado trabalho de apuramento matemático de dados” (p. 306). A pesquisa qualitativa produz e analisa dados descritivos ou comportamentos observados e possibilita a hipótese de um projecto de transformação. As técnicas mais usadas são a biografia (história de vida), a técnica etnográfica (observação participante) e o ‘estudo de caso’. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: center;"><span style="color: red; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Parte II: Análise crítica</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">De forma clara, resumida e concisa o Doutor José da silva Lima trata neste capítulo as metodologias usadas em Teologia Pastoral, apresentando autores, métodos e as suas consequências na acção pastoral da Igreja (virtualidades e defeitos). Parece-me fundamental determo-nos no método de discernimento pastoral proposta por Lanza nomeadamente na vertente avaliativa dos programas pastorais. Muitas vezes, planemos mas nunca verificamos a sua aplicabilidade. Avaliar significa por em causa, significa estar num processo cíclico de abertura à acção do Espírito e de adaptação permanente da própria acção pastoral. Naturalmente que se pressupõe uma concepção de Igreja Comunhão em que a comunidade crente é corresponsável no planeamento, na concretização e na avaliação da acção pastoral. Por outro lado ainda me parece incipiente o uso das metodologias das ciências sociais na pastoral, parte-se de pressupostas e de necessidades que não existem e depois toda a acção pastoral esbarra em algum lugar. </span></span></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-30245605843322955082011-01-05T20:28:00.000+00:002011-01-05T20:28:12.650+00:00Por aí :)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTShNG_boI/AAAAAAAAAMQ/Q4GcIykaGys/s1600/IMG_1666.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" n4="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTShNG_boI/AAAAAAAAAMQ/Q4GcIykaGys/s320/IMG_1666.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTSs2jlluI/AAAAAAAAAMU/Yw2c3-WCTFA/s1600/IMG_1702.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" n4="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTSs2jlluI/AAAAAAAAAMU/Yw2c3-WCTFA/s320/IMG_1702.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTTCC0dkjI/AAAAAAAAAMY/_ocjFNIcCnI/s1600/IMG_1800.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" n4="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTTCC0dkjI/AAAAAAAAAMY/_ocjFNIcCnI/s320/IMG_1800.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTTdnQ5vmI/AAAAAAAAAMc/GOU3maGOVi0/s1600/IMG_1830.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="264" n4="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TSTTdnQ5vmI/AAAAAAAAAMc/GOU3maGOVi0/s320/IMG_1830.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Algumas imagens de marca por estas paragens :) </div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-20252833659950687322010-12-18T17:49:00.000+00:002010-12-18T17:49:50.820+00:00Feliz Natal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TQz0BX8j8DI/AAAAAAAAAMI/8_mNJiQB46w/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="269" n4="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TQz0BX8j8DI/AAAAAAAAAMI/8_mNJiQB46w/s320/untitled.bmp" width="320" /></a></div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;"><span style="font-family: Calibri;"><strong>“Hoje nasceu-vos um Salvador” (Lc 2,11). </strong></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><strong>Aproximamo-nos de mais um Natal – a festa do nascimento de Jesus. Este acontecimento mudou o rumo da humanidade. Agora já não existe disputa entre os deuses e o ser humano. Agora Deus não mais está distante de cada homem e de cada mulher porque Ele se fez um de nós. No presépio podemos contemplar o amor ternurento de Deus. Um Deus criança, frágil, indefeso que apenas procura o conforto dos braços da mãe. Um Deus que continua a procurar os nossos braços, as nossas mãos, os nossos pés para construirmos o Reino de Deus – o reino do amor de Deus. Um Deus-menino que quer fazer do nosso coração o seu berço de amor. </strong></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><strong>Cada Natal é um desafio para todos nós. Um desafio ao amor. Um desafio à esperança. Um desafio à ternura. Um desafio à humildade. Um desafio à alegria. Um desafio à fé. </strong></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><strong>Desafio-vos a viver um Santo Natal! </strong></span></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-79172398555560218602010-11-30T16:00:00.000+00:002010-11-30T16:00:52.862+00:00Neva em Castro Laboreiro II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUeFMd8tdI/AAAAAAAAALY/H2odMKqQhuA/s1600/IMG_0680.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" ox="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUeFMd8tdI/AAAAAAAAALY/H2odMKqQhuA/s320/IMG_0680.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUecXKmcgI/AAAAAAAAALc/KAueNKV_1Dk/s1600/IMG_0715.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" ox="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUecXKmcgI/AAAAAAAAALc/KAueNKV_1Dk/s320/IMG_0715.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUfAOJnHqI/AAAAAAAAALg/D_ejsuNaGuw/s1600/IMG_0720.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" ox="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUfAOJnHqI/AAAAAAAAALg/D_ejsuNaGuw/s320/IMG_0720.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUfilMm81I/AAAAAAAAALk/f7qwBRuDg1w/s1600/IMG_0728.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="187" ox="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPUfilMm81I/AAAAAAAAALk/f7qwBRuDg1w/s320/IMG_0728.JPG" width="320" /></a></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-48497130844118989002010-11-30T11:42:00.000+00:002010-11-30T11:42:48.711+00:00Neva em Castro Laboreiro!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPTfQuD3_4I/AAAAAAAAALM/MIvtH-ltyi0/s1600/IMG_0656.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" ox="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPTfQuD3_4I/AAAAAAAAALM/MIvtH-ltyi0/s320/IMG_0656.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPTfsoN_j0I/AAAAAAAAALQ/lL0jaoOYXAY/s1600/IMG_0660.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" ox="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPTfsoN_j0I/AAAAAAAAALQ/lL0jaoOYXAY/s320/IMG_0660.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPTgErwNsII/AAAAAAAAALU/suZz2U3iCps/s1600/IMG_0666.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" ox="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TPTgErwNsII/AAAAAAAAALU/suZz2U3iCps/s320/IMG_0666.JPG" width="306" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>A noite de ontem caiu branca, fria e calma!</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>Na lareira estala o lume entre o carvalho, o vido e a giesta;</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>numa dança luxuriante aquece toda a casa</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>que abafada lança uivos de calor. </strong></div><div style="text-align: center;"><strong>Na panela salta o presunto, o chouriço e o toucinho;</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>Numa serenidade inquietante o céu beija a terra</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>numa manta branca tecida de neve,</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>Deus chegou!</strong></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-70161582922780514742010-11-27T11:48:00.000+00:002010-11-27T11:48:44.558+00:00Critérios da Acção Pastoral<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Análise do VI Capítulo do livro:</span></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Teologia Pastoral, Julio A. Ramos,</span></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Madrid, 1995, pp. 101-122; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="color: red; font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Parte I: Resumo do Capítulo</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A Igreja nas suas diversificadas acções quanto ao espaço, ao tempo e às situações humanas têm uma origem, uma direcção e um destino comuns. Quer dizer, a Igreja na sua acção pastoral contínua no mundo a mediação sacramental de Cristo e procura levar a salvação oferecida por Jesus Cristo a toda a humanidade. É esta missão potenciada pelo Espírito que assegura a identidade da mesma Igreja. Neste sentido podemos dizer que os critérios da acção pastoral são critérios comuns a todas as acções da Igreja, para que sejam pastorais. Estes critérios são teológicos porque brotam da fé, da identidade eclesial fruto da revelação e do acontecimento central do mistério pascal de Jesus Cristo. “Estes critérios terão que estar presentes em todas as fases da metodologia e da teologia pastoral: na análise das situações eclesiais; na projecção de situações novas; na estratégia para passar de umas às outras” (p. 102). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 54pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #4f81bd; font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-themecolor: accent1;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">I.</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #4f81bd; font-size: 14pt; mso-themecolor: accent1;"><span style="font-family: Calibri;">Critérios que brotam da continuidade da missão de Cristo </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">1)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério teândrico</span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A Igreja continua no mundo a missão de Cristo sem ser Cristo. Quer dizer, “a estrutura teândrica da encarnação de alguma maneira repete-se na estrutura eclesiológica” (p. 102) e a acção pastoral reveste-se de acção divina e humana como em Cristo se uniu a natureza humana e divina numa só pessoa. A acentuação de uma só perspectiva em relação a Cristo redundou nas heresias cristológicas e em relação à acção pastoral redunda em desvios da mesma acção pastoral. “A acentuação da acção divina na vida da Igreja deu origem ao quietismo pastoral […]; a acentuação da parte humana levou historicamente a um naturalismo pastoral que, prescindiu da autoria de Deus na história da salvação e em cada salvação pessoal, compreendeu a acção eclesial e a instituição como produto da iniciativa e dos interesses humanos” (p. 103). Precisamente contra estas concepções realça-se a missão eclesial como continuidade da missão de Cristo. Claro que acção humana condiciona positiva ou negativamente toda a acção da Igreja. Mas a oferta que Deus faz da salvação à humanidade exige a mediação humana como o mistério da encarnação exigiu a mediação de Jesus Cristo. Assim, a acção pastoral é o lugar ou meio de actuação de Deus na história. Isso exige ou pressupõe a fé; a confiança; a esperança; que Deus seja o protagonista; que seja encontro do ser humano e do mundo com Deus; que se confronte a acção pastoral com acção de Deus e com a revelação. “A oração, a celebração, a contemplação pertencem intrinsecamente à acção pastoral e descobrem na Igreja a presença e a acção últimas de Deus nela” (p. 104). A planificação pastoral e o consequente confronto com os planos de Deus pertence ao ser humano que é assistido e enviado pelo Espírito do Ressuscitado que em liberdade responde ao apelo de Deus. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">2)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério Sacramental </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O Concílio Vaticano II definiu a Igreja como sacramento de Salvação (LG 1), em consequência a acção pastoral que realiza reveste-se de carácter sacramental. Esta sacramentalidade brota de Cristo pois a Igreja é no mundo continuação da mediação sacramental do seu corpo. A Igreja é Corpo de Cristo sob a força do Espírito Santo. Assim, a acção pastoral está ao serviço “da comunhão de Deus com os homens e dos homens entre si” (p. 105). Se isto não acontece pode reduzir-se a exterioridade que oculta a verdade fundamental. A Exterioridade da acção da Igreja está ao serviço da interioridade. A visibilidade da acção pastoral não pode perder-se num puro subjectivismo. “A instituição na Igreja é necessária, ainda que os níveis de instituição sejam distintos no seu ser e no seu significado” (p. 105). Dentro deste mesmo critério “deve ser abordado todo o tema do ministério e da apostolicidade” (p. 105). Daqui pode-se concluir da responsabilidade de conservação e transmissão da fé, da actualização sacramental do mistério pascal e da unidade da ou na Igreja bem como da necessidade, por ser sacramento, de uma estrutura visível. “Toda a estrutura e acção pastoral pelo seu carácter sacramental é significativa, isto é, faz referência a algo que está além do sensível” (p. 106). A acção pastoral caracteriza-se pela sua eficácia no meio do mundo porque significa e torna presente a salvação no meio do mundo. Assim, a Igreja não pode deixar a instituição e a visibilidade pois tornar-se-ia num espiritualismo desencarnado; não pode fazer valer a instituição pela instituição; não pode permanecer numa acção fechada sobre si mesma mas abrir-se ao mundo sendo motivo e fundamento de esperança. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">3)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério de Conversão </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Vimos, anteriormente, que a Igreja continua no mundo a mediação sacramental de Jesus Cristo mas, muitas vezes, a mediação do Corpo de Cristo e a mediação do corpo eclesial diferem. No mistério da Encarnação Cristo torna-se na revelação mais perfeita de Deus, não podemos dizer o mesmo da palavra e da acção pastoral da Igreja, porque esta carrega em si o peso da pequenez, do pecado e da contingência humana. Por isso a Igreja na sua peregrinação reconhece os seus pecados e a constante necessidade de conversão para voltar aos fundamentos da sua acção. Não se trata de dizer que o pecado faz parte da essência da Igreja mas que ela é santa e pecadora e que o pecado reflecte a sua encarnação no mundo – a sua dimensão humana e histórica. Esta a afirmação não se repercute em todas as acções da Igreja pois as acções sacramentais são assistidas pelo espírito de Jesus Ressuscitado, o qual está presente e operante na mesma acção da Igreja. O problema reside quando se quer dar a toda a acção pastoral a autoria divina da mesma, quando se identifica toda a postura contra a Igreja como postura contra Deus ou quando fazemos da Igreja a encarnação permanente da divindade – isto é triunfalismo. Por outro lado, em várias situações, identificou-se a palavra com o portador da palavra e não se ouviu a voz de Deus. Para colmatar estas lacunas a Igreja terá que reconhecer a distância que a separa de Jesus e permanentemente estar numa atitude de conversão. “A conversão continua, a purificação constante como exigência do seu mesmo ser, converte-se assim em critério para a sua acção pastoral. As reformas na Igreja são necessárias, mas realizadas do seu interior” (p. 109). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 54pt; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -36pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #4f81bd; font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-themecolor: accent1;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">II.</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #4f81bd; font-size: 14pt; mso-themecolor: accent1;"><span style="font-family: Calibri;">Critérios que brotam do caminho para o Reino </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 54pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.9pt; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -14.2pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">1)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério de historicidade </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.9pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O facto de vermos a Igreja como continuidade da obra de Cristo recorda-nos a história como elemento fundamental de toda a sua acção. Não se trata de uma história de carácter arqueológico mas de uma história aberta ao futuro porque a Igreja transporta em si mesma a dimensão escatológica da sua existência – caminho para a plenitude já presente mas ainda não totalmente manifestada. A Igreja caminha para a consumação escatológica, daí a diferença e a tensão entre a Igreja e o Reino que faz com que a Igreja não se instale num momento da história sentindo-se como o Reino definitivo. Por isso, tem que ser critica consigo própria e com as suas acções. A Igreja – Povo de Deus – reconhece a presença de Deus e actua na história humana criando as acções e as estruturas necessárias para a evangelização. Muitas acções e muitas estruturas mantêm-se e muitas outras desaparecem porque já não respondem às necessidades históricas da missão. A Igreja tem que procurar dar um acompanhamento pessoal que respeite o crescimento de cada pessoa. “A Igreja não pode prescindir da história pessoal de cada homem e construir ao seu lado uma história de salvação que ele ignora” (p. 110). A pastoral não pode ser abstracta mas tem que ser de acompanhamento pessoal encaminhando para a comunidade e dentro de uma pastoral comunitária. O progresso pastoral patente na tensão entre a Igreja e o Reino exigem objectivos a longo prazo e não acções para responder a imperativos pontuais e que se esgotam na sua realização. Daqui deriva a necessidade de uma viva dimensão profética que abra caminhos e rasgue horizontes à acção do Espírito na Igreja.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 93.3pt; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">2)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério de abertura aos sinais dos tempos </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 93.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">“Os valores do Reino não se encerram somente dentro dos limites visíveis da Igreja, mas transcendem-na” (p. 111). O Espírito suscita valores do Reino no meio da humanidade e no mundo sem que a Igreja tenha exclusividade sobre eles. A Igreja tem que estar atenta e aberta aos sinais dos tempos e isso implica: uma leitura crente da realidade; uma confrontação da realidade com o Evangelho para discernir se é sinal do Reino para o potenciar ou combater; uma descoberta das interrogações mais profundas e quais as respostas esperadas para o presente e para o futuro; descobrir se Deus chama para uma nova realidade de actuação; uma atitude de abertura que penetre na vida do ser humano; uma valorização do mundo como presença ou realização incipiente do Reino. Perante estas perspectivas apresentadas percebemos que não nos podemos deter apenas na perspectiva teológica das situações ou apenas no discernimento teológico mas temos que ter uma postura crítica das ideias, ideologias e acções da humanidade; a Igreja não se pode alhear do ser humano como nos diz o Concílio Vaticano II (GS 1). Em todas as circunstâncias a Igreja é desafiada a apresentar uma doutrina iluminadora do sentido da realidade e das opções segundo as exigências do momento histórico na fidelidade à missão, claro que isto só é possível se houver um compromisso concreto com a realidade. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 93.3pt; mso-list: l1 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">3)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério de Universalidade </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 93.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">“A universalidade da salvação é imperativo e critério para a acção de uma Igreja que, graças ao Espírito do Ressuscitado, interioriza, actualiza e universaliza o mistério de Cristo como oferta para todos os homens” (p. 113). O acolhimento por parte de todo o ser humano da salvação é missão da Igreja, para isso tem que encarnar todas as realidades humanas, culturais e sociais para as impregnar do Espírito de Jesus Cristo e conduzi-las à comunidade eclesial. Para esta missão que é qualitativa e quantitativa todos os membros da Igreja são agentes da sua acção. Claro que o universalismo da missão não pode redundar num universalismo de falta de critérios e de falta de crítica na evangelização originando crentes de tipo ‘camaleão’ que não mudam comportamentos nem aderem de coração a Cristo ressuscitado; ou, por outro lado, no fechamento em grupos e métodos que não permitem a entrada de ninguém, a nível de grupos e de pessoas. A Igreja é em si mesma universal, missionária, colegial e corresponsável e em todas estas perspectivas não pode esquecer a sua missão que é continuar no mundo a missão de Cristo – dar a conhecer e amar o Reino de Deus. Aqui desempenha sinal de vitalidade e de identidade uma opção clara pelos pobres (tesouro da Igreja).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21.3pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #4f81bd; font-size: 14pt; mso-themecolor: accent1;">III) Critérios que brotam da presença e da missão no mundo</span></b><span style="color: #4f81bd; font-size: 14pt; mso-themecolor: accent1;"> </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 21.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; mso-list: l3 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">1)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério do diálogo </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A missão da Igreja não se esgota nos meios intraeclesiais pois tem como destinatário da acção o mundo. A história da salvação mostra-nos um Deus que dialoga com o ser humana e essa deve ser também a atitude da Igreja – a Igreja ao serviço da revelação. “A acção pastoral entende-se, assim, como palavra dirigida ao mundo que actualiza a Palavra feita carne para nossa salvação” (p. 115). Ter a revelação de Deus como paradigma da pastoral foi a proposta do Papa Paulo VI na Encíclica Eclesiam Suam da qual se retiram as ideias seguintes: a Palavra da revelação nasce da iniciativa divina; a Palavra da revelação surgiu do amor e a Igreja pode ter uma palavra para o mundo se o amar; a Palavra da revelação é uma proposta a todos (não cabem aqui fundamentalismos ou fanatismos). A identidade da acção eclesial é referencial a Cristo e ao Reino, quando se perde esta referência identificadora a Igreja cai num monólogo e deixa de ter novas e diferentes propostas de acção. “Dialogar não é só lançar a própria mensagem, mas receber do outro para assumi-lo e critica-lo” (p. 117). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 35.45pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; mso-list: l3 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">2)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério da Encarnação </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Os sinais que levam ao mundo a transcendência têm consigo uma dimensão cultural que não pode ser esquecida na acção pastoral. “A encarnação de Jesus Cristo e a sua prolongação pneumática no mistério da Igreja implicam um aspecto cultural que ultimamente temos denominado de inculturação” (p. 117). Na encarnação Jesus assume uma cultura concreta nas suas diferentes dimensões: linguagem, tradições, modos de vida, etc. Precisamente no Pentecostes como antítese de Babel compreendemos que em Cristo as diferentes culturas se podem compreender. Assim, a pastoral também é um fazer cultura, “o Evangelho é anunciado e actua na acção pastoral da Igreja graças à mediação da cultura de cada povo e, por sua vez, a sua actuação cria cultura, modos de vida que são depois âmbitos da evangelização” (p. 118). No entanto, o Evangelho não se pode reduzir a uma cultura ou a um povo porque não se identifica com nenhum em particular para se poder identificar com todos, melhor, “purifica e eleva as distintas culturas” (p. 118). “Um Evangelho não encarnada em moldes culturais é irrelevante e um Evangelho que não produz cultura é ineficaz e abstracto” (p. 119). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; mso-list: l3 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">3)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Critério de missão </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A missão de Jesus é continuada pela Igreja – povo de baptizados – porque no Baptismo todos recebemos a missão de Cristo sob acção do Espírito Santo. “Esta missão é a evangelização de todos os homens, base da identidade de toda a acção pastoral” (p. 120). Sempre que se perde a identidade degrada-se a missão, quando a Igreja perde unidade perde identidade e caminha para a autodestruição. Não se trata de um uniformismo que também degrada a missão tornando-a abstracta (sem ter em conta os distintos agentes e distintos destinatários) mas trata-se de unidade no essencial – a missão. Trata-se de partir da dinâmica da missão para acolher “uma pastoral de conjunto que conjugue perfeitamente a unidade em torno da missão” (p. 121) e que não aceite que a Igreja ou que alguém esgote a missão de Jesus. “Toda a acção pastoral da Igreja, que participa da sua missão, tem como fim a comunhão” (p.121). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: center;"><span style="color: red; font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Parte II: análise crítica</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 39.3pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O presente capítulo que estudamos está redigido de forma clara, concisa e fundamentada o que nem sempre acontece nestes âmbitos. Parece-me um texto fundamental que se fosse mais reflectido e conhecido poderia ajudar a eliminar muitos erros pastorais que se praticam em nome de vontades pessoais esquecendo totalmente a missão. Penso que o fundamental é educar e fazer uma pastoral de comunhão para que depois paulatinamente se possam introduzir todos os outros aspectos. </span></span></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-12905070025083369512010-11-15T20:37:00.000+00:002010-11-15T20:37:16.577+00:00Uma 'romaria' diferente no São Bento do Cando<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TOGURpNWUuI/AAAAAAAAALE/0WGeEQ-0EFo/s1600/IMG_0497.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" px="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TOGURpNWUuI/AAAAAAAAALE/0WGeEQ-0EFo/s320/IMG_0497.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong>A fotografia fala por si!!</strong></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-1095968754173107732010-11-11T14:46:00.000+00:002010-11-11T14:46:05.059+00:00O estudo de caso na investigação em Tecnologia Educativa em Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNwBNqECATI/AAAAAAAAAK8/SLbG5xfybIY/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" px="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNwBNqECATI/AAAAAAAAAK8/SLbG5xfybIY/s1600/untitled.bmp" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Análise do artigo de </span></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Clara Pereira Coutinho & José Henrique Chaves</span></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Revista Portuguesa de Educação, 2002, 15 (1), pp. 221-243</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #943634; font-size: 12pt; mso-themecolor: accent2; mso-themeshade: 191;"><span style="font-family: Calibri;">Parte I: resumo do artigo</span></span></b></div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">O estudo de caso como método de pesquisa tem vinda paulatinamente a ganhar o seu espaço na investigação, isto deve-se à “desvalorização da investigação desenvolvida sob o paradigma positivista” (p. 221). Na investigação das Ciências da Educação procuraram-se novas abordagens metodológicas que facilitassem a construção do “conhecimento e produção de significado por parte de quem aprende” (p. 222) em vez de se focarem apenas os meios como transmissores de informação. Naturalmente que neste campo os métodos quantitativos podem ter uma função importante de complementaridade aos métodos qualitativos. O estudo de caso pode englobar todas estas potencialidades, no entanto, não é fácil de pôr em prática e muitos estudos feitos segundo este método foram mal concebidos e mal conseguidos o que leva ao descrédito do método. Daí a pertinência do presente artigo. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">O que é um estudo de caso? </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">A característica que melhor define esta abordagem metodológica é o estudo intensivo e restrito a um ‘caso’. Tudo pode ser ou originar um estudo de ‘caso’: uma pessoa, um grupo, uma organização, uma decisão, um incidente, etc. O ‘caso’ examina-se “em profundidade, no seu contexto natural, reconhecendo-se a sua complexidade e recorrendo-se para isso a todos os métodos que se revelem apropriados” (p. 223). Há autores que por estas características holísticas do método preferem a “expressão estratégica à de metodologia de investigação” (p. 223) entendendo que não se trata de uma metodologia específica mas apenas de uma forma de organizar dados de estudo específico e único. Por estas razões poucos autores procuram uma definição unívoca e ficam-se por ideias abrangentes, as quais podemos sintetizar: </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">- O caso é ‘um sistema limitado’, por isso, a primeira função do investigador é definir as fronteiras de forma clara e concisa do ‘seu’ caso; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">- É um caso sobre ‘algo’ que se tem que identificar para que o foco e a direcção da investigação sejam claros; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">- Preservar o carácter ‘único, diferente e complexo do caso’: </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">- A investigação decorre em ambiente natural;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">- O investigador recorre a fontes múltiplas de dados e a métodos diversificados de recolha; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">“O estudo de caso é uma investigação empírica que se baseia no raciocínio indutivo que depende fortemente do trabalho de campo que não é experimental que se baseia em fontes de dados múltiplas e variadas” (p. 225). A marca predominantemente descritiva e a implicação pessoal do investigador no estudo levam a que associem o ‘estudo de caso’ à investigação qualitativa o que é uma perspectiva errada porque o ‘estudo de caso’ pode ser usado noutros paradigmas de investigação. Por exemplo no campo da investigação educativa em geral existem estudos de caso que “combinam com toda a legitimidade métodos quantitativos e qualitativos” (p. 225). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Objectivos </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">“O estudo de caso pode ser conduzido para um dos três propósitos básicos: explorar, descrever ou ainda explicar” (p. 225) aos quais se pode juntar um quarto: avaliar e/ou transformar e assim temos presentes no estudo de caso os objectivos gerais da investigação educativa. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Tipologia </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Com tantos ‘casos’ e objectivos a perseguir podemos perspectivar a diversidade tipológica de estudos de caso. “A primeira proposta a que todos os autores aludem é a divisão básica entre estudo de caso único e estudo de caso múltiplo ou comparativo ou multicasos” (p. 226). Segundo Stake existem três tipos: o estudo de caso intrínseco, o instrumental e o colectivo. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Constituição da amostra ou selecção do ‘caso’ </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">No estudo de caso a selecção da amostragem é a sua “essência metodológica” (p.228) no entanto a investigação não se baseia na amostragem nem se estudo um caso para perceber outros mas para perceber o caso estudado. Assim, a escolha da amostragem baseia-se em critérios pragmáticos e teóricos buscando as variações máximas do mesmo. Seguem-se seis modalidades de amostragem intencional que podem dar origem a um estudo de caso: </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">1)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amostras extremas (casos únicos que proporcionem dados muito interessantes);</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">2)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amostras de casos típicos ou especiais;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">3)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amostras de variação máxima, adaptadas a diferentes condições;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">4)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amostras de casos críticos;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">5)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amostras de casos sensíveis ou politicamente importantes;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">6)</span><span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amostras de conveniência; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Nas amostras há características identificadoras que as demarcam das amostras probabilísticas típicas das abordagens quantitativas: processo de amostragem dinâmico e sequencial que permite alterações no evoluir do estudo; ajuste automático da amostra; o processo de amostragem só está concluído quando se esgotar a informação que pode ser obtida, finda com a saturação da amostra. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Situações de investigação a que se aplica </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Quando não é possível manipular variáveis para determinar a relação causal ou quando a realidade é tão complexo que não permite identificar as vaiáveis eventualmente relevantes ou ainda quando é a única abordagem possível numa situação real e concreta. Com esta metodologia aprendemos que o caso é único e que o seu estudo profundo tem alguma coisa para revelar; só um estudo profundo pode apresentar aspectos importantes numa investigação complexa ou em novas situações de investigação; em complementaridade com outras metodologias pode dar contributos importantes que passariam despercebido num estudo de tipo experimental. Reconhecer as mais-valias implica também aceitar as críticas. Quando o estudo de caso é mau conduzido, por exemplo, extrapolação de um caso para dados universais ou então quando é puramente descritivo e não tem em conta outras abordagens ao mesmo assunto. “Questiona-se a credibilidade das conclusões a que conduz. A credibilidade é um conceito genérico […] que engloba em si os três critérios ‘clássicos’ de aferição da qualidade de um qualquer trabalho de investigação: a validade externa ou possibilidade de generalização dos resultados, a fiabilidade (replicabilidade) do processo de recolha de análise de dados, e para o estudo de caso de tipo explicativo, coloca-se ainda a questão do rigor ou validade interna das conclusões a que conduz” (p. 231). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">O problema da validade externa ou generalização </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Trata-se de uma falsa questão porque em certos estudos de caso a questão nem se coloca pois o estudo justifica-se pela sua unicidade, pelo carácter externo e ainda por ser irrepetível. Ou o caso pode ser de carácter negativo, “estudar o atípico pode servir para testar o típico” (p. 232). Esta problemática pode resumir-se na seguinte expressão: “tudo depende de saber se queremos debruçar-nos sobre o que é exclusivo ou o que é comum a outros casos” (p. 233). </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">A questão da fiabilidade </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">A questão da fiabilidade está intimamente relacionada com a replicabilidade das conclusões a que chega (possibilidade de diferentes investigadores produzirem os mesmos resultados). No estudo de caso isto não se pode aplicar porque um ‘caso’ não se repete. Para ultrapassar esta situação o investigador tem que descrever de forma pormenorizada todos os passos do processo de investigação. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">A questão do rigor ou validade interna </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Aqui trata-se do campo dos resultados e a questão é saber se a investigação conduziu àqueles resultados ou se eles são a imaginação do investigador ou as conclusões a que ele queria chegar. Para resolver este problema terá que usar, mais uma vez, a descrição pormenorizada e depois tem que fazer os chamados ‘protocolos de triangulação’. Triangulação das fontes e dados, diferentes fontes; triangulação do investigador em que observadores procuram detectar desvios derivados pelo investigador; triangulação da teoria; triangulação metodológica. </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNwBk_9Z0QI/AAAAAAAAALA/-Zmu_4yzrI0/s1600/educacao%252520infantil2009-01-frente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" px="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNwBk_9Z0QI/AAAAAAAAALA/-Zmu_4yzrI0/s320/educacao%252520infantil2009-01-frente.jpg" width="283" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Em síntese</span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">“Insistir na necessidade de se definir critérios para aferir da credibilidade dos estudos de caso – critérios esses que se aplicam não apenas a estudos de caso mas a toda a investigação qualitativa – não significa que esses critérios possam ser encarados de forma prescritiva como acontece nos estudos quantitativos” (p. 235). Trata-se de ser muito cuidadoso para ultrapassar as críticas inerentes ao método. Por outro lado apostar na descrição compacta daquilo que é o foco da questão e aprender a filtrar o essencial. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">O que um relatório de estudo de caso deve incluir: </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Definição clara do ‘caso’ e delimitação de fronteiras; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Descrição pormenorizada do contexto em que o ‘caso’ se insere;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Justificação da pertinência do estudo e os objectivos gerais;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Identificação da estratégia geral e as razões das opções todas: caso ‘único’ ou ‘múltiplo’;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Definição de unidade ou unidades de análise;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Fundamentação de pressupostos teóricos;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Descrição clara de como os dados foram recolhidos, de quem e quando </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Descrição pormenorizada dos dados;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Justificação da lógica das inferências;</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Definição dos critérios que aferirão a qualidade do estudo; </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">O estudo de caso na investigação nacional em TE </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Os autores fizeram um levantamento de produção científica portuguesa na área da Tecnologia Educativa entre 1990-2000. Verificaram a reduzida quantidade (7 em 112) de trabalhos que usaram como metodologia o estudo de caso. Esses estudos são estudos de caso múltiplo, nenhum é intrínseco, um caso excepcional que justifique o seu estudo, são referidas fontes múltiplas e têm quadros teóricos de enquadramento. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #943634; font-size: 12pt; mso-themecolor: accent2; mso-themeshade: 191;"><span style="font-family: Calibri;">Parte II - análise crítica</span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">A leitura deste artigo permitiu-nos perceber a necessidade do mesmo para clarificar o que é o ‘estudo de caso’ como método ou melhor como perspectiva e organização para o estudo de um ‘caso’ usando fontes múltiplas e métodos diversos. O estudo de caso permite um conhecimento profundo do ‘caso em estudo’ se o processo for bem conduzido e bem descrito nos seus diferentes âmbitos de produção. Parece-me que o artigo está bem fundamentado e nota-se o esforço de síntese, de sistematização e de clarificação. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">Numa perspectiva pastoral o ‘estudo de caso’ pode ter muita pertinência como ferramenta de conhecimento ou de aferição da realidade e a subsequente resposta pastoral. Sem este cariz científico é que se faz em muitas situações, nomeadamente no campo da espiritualidade. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">MITP</span></span></div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Calibri;">César Maciel </span></span></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-90688895376270293792010-11-06T10:08:00.000+00:002010-11-06T10:08:43.728+00:00A espiritualidade do Catequista e a Comunidade cristã<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNUnogyCNsI/AAAAAAAAAKs/rD1bhKEVWVI/s1600/imagesCA5APK54.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" px="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNUnogyCNsI/AAAAAAAAAKs/rD1bhKEVWVI/s1600/imagesCA5APK54.jpg" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A espiritualidade do Catequista </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A espiritualidade cristã, em sentido lato, corresponde ou compreende a forma como um cristão manifesta e vive a sua relação com Deus. Mais importante do que perceber a forma como o cristão celebra ou tem práticas religiosas é compreender como vive. A espiritualidade não é extrínseca mas intrínseca e quando é exterior é manifestação ou consequência de uma adesão interior. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O catequista e a sua espiritualidade estão enquadrados na vocação geral cristã – na vocação ou no chamamento permanente ao acolhimento da salvação oferecida por Deus que se concretiza na vocação à santidade. No entanto, a espiritualidade do catequista tem que estar além da vocação geral de todos os cristãos. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A “Boa Nova há de ser proclamada, antes de mais, pelo testemunho. Suponhamos um cristão ou punhado de cristãos que, no seio da comunidade humana em que vivem, manifestam a sua capacidade de compreensão e de acolhimento, a sua comunhão de vida e de destino com os demais, a sua solidariedade nos esforços de todos para tudo aquilo que é nobre e bom. Assim, eles irradiam, de um modo absolutamente simples e espontâneo, a sua fé em valores que estão para além dos valores correntes, e a sua esperança em qualquer coisa que se não vê e que não se seria capaz sequer de imaginar. Por força deste testemunho sem palavras, estes cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas indeclináveis: Por que é que eles são assim? Por que é que eles vivem daquela maneira? O que é, ou quem é, que os inspira? Por que é que eles estão connosco?” (EN nº 21). </span></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O catequista ideal não existe, não nasce mas faz-se em cada dia da sua existência. O Catequista, como todo o ser humano, está a construir a sua identidade enquanto pessoa e enquanto catequista.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O “cristão-catequista” (Luis Otero – Joan Brulles) e nesta definição compreendemos que o catequista tem que ser mais do que um cristão – quer dizer, pela sua missão o catequista tem que ter uma outra vivência espiritual. Podemos dizer que do catequista se exige uma profunda maturidade espiritual de onde parte um convicto anúncio de Jesus Cristo. De uma adesão clara sob o acolhimento permanente do Espírito Santo o catequista transforma-se num anunciador claro de Jesus Cristo. Quer dizer, quanto mais o catequista tiver o seu coração convertido a Jesus Cristo e aberto à acção do Espírito Santo mais a sua vida se torna clara e deixam de existir sombras entre aquilo que ensina e aquilo em que acredita ou que testemunha. Esta responsabilidade e exigência depositadas no catequista não são motivo de desânimo ou de angústia mas motivação para um permanente crescimento espiritual, para uma permanente compreensão da missão do catequista. Ser catequista não pode ser ‘porque tem que ser’ ou porque ‘não há mais ninguém’ mas porque chamados aceitamos o convite e tudo fazemos com intensidade para sermos bons catequistas. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNUoBs6gNYI/AAAAAAAAAKw/YZT8RXuqU6o/s1600/imagesCAB0V0UH.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" px="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNUoBs6gNYI/AAAAAAAAAKw/YZT8RXuqU6o/s1600/imagesCAB0V0UH.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A comunidade cristã </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 14pt;">O catequista está inserido numa comunidade cristã e é mandatado por ela para fazer catequese. Jesus recebeu uma missão do Pai – anunciar a Boa Nova da Salvação – e Jesus deixou uma missão aos seus discípulos – anunciar a Boa Nova da Salvação - e nós somos herdeiros e </span><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">actualizadores permanentes dessa missão que Jesus deixou aos seus discípulos, que deixou aos cristãos, àqueles que querem identificar a sua vida com as atitudes e os gestos de Jesus.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">É na comunidade cristã que se vive a fé em Jesus Cristo. Porquê? Porque a Igreja (com os seus pecados e suas virtudes) é a depositária da missão de Jesus.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“A Igreja nasce da acção evangelizadora de Jesus e dos doze. Ela é o fruto normal, querido, o mais imediato e o mais visível dessa evangelização […] Enviada e evangelizadora, a Igreja envia também ela própria evangelizadores. É ela que coloca em seus lábios a Palavra que salva, que lhes explica a mensagem de que ela mesma é depositária, que lhes confere o mandato que ela própria recebeu e que, enfim, os envia a pregar. E a pregar, não as suas próprias pessoas ou as suas ideias pessoais, mas sim um Evangelho do qual nem eles nem ela são senhores e proprietários absolutos, para dele disporem a seu bel-prazer, mas de que são os ministros para o transmitir com a máxima fidelidade” </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;">(EN nº 15). </span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">A adesão ou o acto de fé é uma decisão livre e pessoal mas nunca individual ou intimista porque cada um de nós faz uma adesão de fé à fé transmitida de geração em geração pela Igreja. A Igreja nasce da missão de Jesus e é enviada por Ele e nós participamos deste anúncio e desta missão. Por isso, uma opção de fé implica uma adesão à comunidade que a transmite e que é sua depositária. O catequista está inserido numa comunidade, é enviado e apoiado pela comunidade, por isso actua em nome dela e não em nome pessoal. Assim, os catequistas são enviados pela comunidade a testemunhar a sua fé que é a fé da Igreja. Porque, em primeira instância, quem faz a catequese é a comunidade e é esta que delega essa missão nos catequistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“Evangelizar não é para quem quer que seja um acto individual e isolado, mas profundamente eclesial. Assim, quando o mais obscuro dos pregadores, dos catequistas ou dos pastores, no lugar mais remoto, prega o Evangelho, reúne a sua pequena comunidade, ou administra um sacramento, mesmo sozinho, ele perfaz um acto de Igreja e o seu gesto está certamente conexo, por relações institucionais, como também por vínculos invisíveis e por raízes recônditas da ordem da graça, à actividade evangelizadora de toda a Igreja. Isto pressupõe, porém, que ele age, não por uma missão pessoal que se atribuísse a si próprio, ou por uma inspiração pessoal, mas em união com a missão da Igreja e em nome da mesma” (EN nº 60).</span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Em síntese, os catequistas são escolhidos e enviados em nome da comunidade, em nome da Igreja a anunciar não a sua fé mas a fé da Igreja. O grande desafio do catequista é a fidelidade a Jesus Cristo e à Igreja. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNUofi2FkzI/AAAAAAAAAK0/gOUNlI33I18/s1600/imagesCA6KJBL7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" px="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TNUofi2FkzI/AAAAAAAAAK0/gOUNlI33I18/s1600/imagesCA6KJBL7.jpg" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A comunidade e iniciação cristã </span></span></b></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O catequista participa da missão dada por Jesus aos discípulos; o catequista comunica de forma actual o Evangelho, a Tradição viva da comunidade eclesial, a forma como a Igreja acredita, celebra e vive. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">O catequista é uma testemunha da experiência comunitária da fé, para isso, tem que conhecer a fé da comunidade e partilhar essa mesma vivência. Só assim o catequista poderá iniciar na fé os seus catequizandos. O catequista não pode apresentar o que ‘devia ser’ ou algo que é ‘utópico’ mas tem que apresentar e promover uma realidade. Quer dizer, o catequista tem que se apresentar e apresentar a comunidade como modelo ou exemplo do que ensina ou melhor, transmite e não como uma realidade que deveria existir. Trata-se de iniciar na comunidade. E iniciar na comunidade ou fazer a iniciação cristã é fazer um cristão. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A iniciação cristã é o processo que facilita ou possibilita a conversão, a construção de uma identidade crente e que leva à renovação da comunidade. Quanto mais autênticos forem os cristãos mais autêntica será a comunidade. E a identidade crente vai construir-se quando é posta em causa e quando ao ser posta em causa somos capazes de fundamentar em que acreditamos e com base nisso reconstruímos a nossa identidade num crescimento permanente. Neste processo catequético de iniciação é fundamental entrar na linguagem e nos conceitos que identificam e que fazem parte da comunidade cristã e explicitá-los, tanto quanto possível. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Uma iniciação cristã bem-feita levará as crianças ou os adultos a saber e a viver de forma cristã, tendo presente os principais elementos que constituem a sua fé, as respectivas mediações e as atitudes a ter. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">A igreja faz a catequese e a catequese faz a Igreja, é nesta dinâmica permanente que o catequista se enquadra e promove. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;"><em>Encontro de espiritualidade para Catequistas, 5 de Novembro de 2010 - Melgaço </em></span></span></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-31412475817746651512010-10-24T23:05:00.000+01:002010-10-24T23:05:12.369+01:00Ecos de uma viagem a FrançaConvidados (eu e o Pe. Raul) para celebrar no dia 17 de Outubro em Nice para a comunidade portuguesa a festa de Nossa Senhora de Fátima pusemos pés (ou melhor, as rodas) a caminho lá fomos com muito gosto. Pelo caminho de ida e volta visitamos muitas aldeias e cidades, muitas regiões e alguns países (de passagem obviamente). Algumas fotografias: <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TMSnzFwXDHI/AAAAAAAAAKg/h1HDO7fjt6c/s1600/IMG_0053.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" nx="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TMSnzFwXDHI/AAAAAAAAAKg/h1HDO7fjt6c/s320/IMG_0053.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TMSpcLCRdfI/AAAAAAAAAKk/MPNLFOVVSdE/s1600/IMG_0299.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" nx="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TMSpcLCRdfI/AAAAAAAAAKk/MPNLFOVVSdE/s320/IMG_0299.JPG" width="320" /></a></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-31972675562313647472010-10-10T16:22:00.001+01:002010-10-10T16:24:31.843+01:00Teresa de Lisieux<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TLHZqLUIN4I/AAAAAAAAAKU/zge6YgDtoqE/s1600/gb_thereseportrait.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TLHZqLUIN4I/AAAAAAAAAKU/zge6YgDtoqE/s1600/gb_thereseportrait.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;">O mês de Outubro é o mês do Rosário, das Missões e de grandes biografias crentes, de grandes santos. Alguns textos de Santa Teresa do Menino Jesus: </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>"Assim como o sol ilumina ao mesmo tempo os cedros e cada florzinha como se ela fosse única sobre a face da terra, assim Nosso Senhor se ocupa tão particularmente de cada alma como se não houvesse outras semelhantes"</strong> [p. 15]. </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TLHZ2ViMjDI/AAAAAAAAAKY/2kQEWdsZ2j4/s1600/gb_basilique.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="96" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TLHZ2ViMjDI/AAAAAAAAAKY/2kQEWdsZ2j4/s320/gb_basilique.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><strong>"O coração de mãe compreende sempre o seu filho, mesmo que não saiba senão balbuciar"</strong> [p. 16]. </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>"Há coisas que só o coração sente, mas a palavra e mesmo o pensamento não podem chegar a exprimir ..."</strong> [p. 38].</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>"Quando a caridade lançou profundas raízes na alma manifesta-se no exterior"</strong> [p. 219]. </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>"Ah!, o Senhor é tão bom para comigo que me é impossivel temê-l'O, concedeu-me sempre o que desejei, ou melhor, fez-me desejar o que me queria conceder"</strong> [p. 238]. </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>"Quero passar o meu céu a fazer bem na terra" </strong>[p. 290]. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TLHZg84NAVI/AAAAAAAAAKQ/JOEwautdCQo/s1600/st2.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TLHZg84NAVI/AAAAAAAAAKQ/JOEwautdCQo/s1600/st2.gif" /></a></div><div style="text-align: center;"><em>[História de uma alma, Santa Teresa do Menino Jesus, Ed. Livraria A.I., Braga 1997]</em></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-82480715704126724522010-10-05T21:02:00.000+01:002010-10-05T21:02:24.332+01:00Diálogo cultural<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKuAQkRdC-I/AAAAAAAAAKE/EQjtTqxuLqk/s1600/DSC02871.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" px="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKuAQkRdC-I/AAAAAAAAAKE/EQjtTqxuLqk/s320/DSC02871.JPG" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKuBUDgsOhI/AAAAAAAAAKI/tBDqSh4Ym9A/s1600/DSC02962.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" px="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKuBUDgsOhI/AAAAAAAAAKI/tBDqSh4Ym9A/s320/DSC02962.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKuCbxBGfkI/AAAAAAAAAKM/wPmM8NoKbXg/s1600/DSC03017.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" px="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKuCbxBGfkI/AAAAAAAAAKM/wPmM8NoKbXg/s320/DSC03017.JPG" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">No diálogo está o caminho do futuro ... da religião, da cultura, da política, da humanidade! Cada um de nós no caminho que trilha pode ser agente de aproximação ou de afastamento, de amor ou de ódio! No respeito pela diferença e no permanente diálogo entre o passado e o presente construímos o futuro. É assim que vejo a viagem como momento de conhecimento, de crescimento e de diálogo. </div><div align="center"></div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-65817939059867259772010-10-03T23:48:00.000+01:002010-10-03T23:48:35.352+01:00Trilho da Peneda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKkHLkIIi8I/AAAAAAAAAKA/H84-DiGDlUc/s1600/DSCF6483.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" px="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_1zRGGYw9EVE/TKkHLkIIi8I/AAAAAAAAAKA/H84-DiGDlUc/s320/DSCF6483.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Algures entre a Bouça dos Homens e a Peneda ... o encanto do granito esculpido pelo tempo e o verde de urzes e giestas entrecortados pelo cantar dos pássaros!</div>Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-46245223227920840492010-09-24T15:55:00.000+01:002010-09-24T15:55:44.585+01:00Jornadas Europeias do Património 2010Entre 24 a 26 de Setembro assinalam-se (em Portugal) as Jornadas Europeias do Património, iniciativa do Conselho da Europa e da União Europeia para sensibilizar para o património. <br />
<br />
A Cultura tem sido a enteada de todos os Governos deste país, pouco dinheiro, muito mal distribuído e pior gerido! Mas este é o país que somos! <br />
<br />
Custa-me perceber que se invistam milhões em projectos (ditos) culturais que apenas interessam a algumas empresas de animação e não se invista com seriedade na recuperação do património material e imaterial deste país fruto das diferentes vicissitudes da história. <br />
<br />
Por outro lado os senhores de "secretária" não conhecem o país real e decidem sem que sejam para cumprir as suas decisões! <br />
<br />
Um povo que respeita a sua história e o seu património, respeita-se e constrói o futuro!Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-17453460972432631112010-09-23T17:41:00.000+01:002010-09-23T17:41:38.685+01:00Pegadas no tempoDurante a nossa existência deixamos pegadas ou marcas por onde passamos. Cada um de nós, no caminho da vida vai construindo a sua identidade no confronto e no acolhimento do outro. <br />
<br />
O acolhimento<br />
<br />
Acolher e receber são verbos que, cada vez mais, temos dificuldade em conjugar. Temos dificuldade em receber e muito mais em dar. O Verão é o tempo predilecto para o acolhimento, para o dar e o receber. O Verão chama-nos para fora, a sairmos de casa, do nosso “canto” e a irmos ao encontro do outro. A hospitalidade cristã desafia-nos a recebermos toda a gente no nosso coração. E não posso deixar de recordar as palavras de Antoine de Saint-Exupéry: “os homens deixaram de ter tempo para conhecer o quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo, cativa-me!”, no livro O Principezinho.<br />
<br />
O tempo de férias<br />
<br />
O descanso merecido depois de um ano de trabalho não é um tempo morto. As férias permitem-nos cultivar as nossas amizades, os nossos gostos ou divertimentos. São um tempo frutuoso, se bem aproveitado. Muitas vezes, durante as férias esquecemos tudo: Deus, a família, a comunidade, os amigos e gastamos ou matamos o tempo em futilidades. Um tempo que podia ajudar ao fortalecimento de laços transforma-se numa feira de vaidades, de despiques e salamaleques que nada constrói e tudo mina. <br />
<br />
As festas e romarias<br />
<br />
No lugar mais recôndito das nossas aldeias não se passa sem as festas de Verão. Festa que une e congrega uma comunidade de filhos espalhados por esse mundo além.<br />
A comunhão é caminho para Deus mas, tantas e tantas vezes, as nossas festas sendo em Nome de Jesus, de Nossa Senhora ou dos Santos, é a quem menos tempo se dedica. Tantas e tantas vezes centramo-nos no acessório e esquecemos o que é fundamental!<br />
Uma festa religiosa mede-se pelo amor à Eucaristia. “A Eucaristia não é algo, é Alguém. Não é só efeito da obra salvadora de Cristo, mas o próprio Cristo Salvador, salvando aqui e agora pelo sacramento” (Dom António Marto).<br />
Da vida para a Eucaristia e da Eucaristia para a Festa numa conjugação perfeita do viver crente.<br />
Tudo o que não passa ou não afina por este diapasão é despropositado e inútil – “vaidade das vaidades: tudo é vaidade” (Ecl 1,2). <br />
Infelizmente ainda estamos presos às amarras da tradição e não nos deixamos libertar por Jesus Cristo que é plena liberdade.<br />
<br />
Liberdade e pensamento<br />
<br />
Jesus Cristo deixou-se amarrar numa cruz para nos libertar, para não nos deixar escravizar por nada nem por ninguém.<br />
Muitos homens e mulheres do nosso tempo querem-se escravos e não livres. Deixam-se seduzir pelo desejo da vingança, do ódio, do dizer mal e, pior do que isso, recorrem à bruxa em busca de soluções para os seus problemas e acabam por cair numa espiral contínua de prisões e ameaças, de medos e de esquemas ocultos que têm que cumprir à risca. E ao pároco não lhe pedem ajuda nem conselho. Cristo que liberta deixamo-lO fechado na igreja e nós entregamo-nos de braços abertos à escravidão. <br />
A este propósito recordo-me do livro que acabei de ler há dias: “Uma deusa na bruma” de João Aguiar. Nesse livro o autor narra de forma romanceada como seria a vida num castro entre Douro e Minho em meados do século II a.C. quando chegaram os romanos a essas paragens. Naquela época tudo tinha conotação religiosa, tudo era sagrado, até para atravessar um rio tinham que consultar os áugures ou os adivinhos para decidir o que fazer.<br />
Passados 2200 anos dessa narrativa e 2000 da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo muitos homens e mulheres ainda não se deixaram libertar por Deus que é amor.<br />
Mas o dever da igreja – Povo de Deus – é ensinar a pensar; é ser caminho de libertação. “Cuidar do pensamento é cuidar da diferença antropológica. É esta a questão de hoje, quando muito da circunstância é de nivelamento ou até de redução do ser humano. Seja a actividade da Igreja centrada em ensinar a pensar, como caminho propedêutico ao encontro da fé. Depois da tentação redutora de explicar Deus, de O desvendar e de O provar nas circunstâncias da história, ensine-se a pensar, cultivem-se itinerários catequéticos de reflexão, e Deus, sem necessidade de prova, acontecerá nos encontros mais secretos de cada ser humano” (José da Silva Lima). <br />
Nesta caminhada que cada um de nós tenha presente que “a religião constitui sempre uma procura a caminho de uma plenitude por atingir” (João Duque) mas que viveremos plenamente no dia do encontro definitivo. <br />
<br />
In jornal ZEBRISCO do ALTO MOURO, ANO IV, Nº 11.Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-58488365301317616632010-09-20T19:42:00.000+01:002010-09-20T19:42:42.292+01:00Ups ...Depois de muitos meses ausente estou de regresso ... os afazeres do Verão não deram para mais!Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-54785017417762503682010-06-12T19:30:00.000+01:002010-06-12T19:30:48.241+01:00XVI - A Celebração do Sacramento da Confirmação“A Liturgia é simultaneamente a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força.” [SC 10]. <br />
<br />
Importa, em primeiro lugar, dizer que a Confirmação faz parte do grupo dos Sacramentos da iniciação cristã, a saber: Baptismo, Confirmação e Eucaristia. Estes três Sacramentos não são actos isolados mas actos coerentes e complementares para o objectivo de conduzir à plenitude da vida cristã. <br />
A Liturgia é o culto público que uma comunidade presta a Deus, situa-se nesta perspectiva o Sacramento da Confirmação. Na Liturgia fazem-se ritos e usam-se símbolos muito ricos e significativos que importa ter presente. Vamos ver e reter os sinais e símbolos da Confirmação: <br />
<br />
Bispo: este Sacramento é, geralmente, administrado pelo Bispo – os Bispos são os sucessores dos Apóstolos e tem como missão garantir a continuidade, a fidelidade e a unidade da missão recebida no dia de Pentecostes. <br />
<br />
Terminada a homilia segue-se a renovação das Promessas do Baptismo ou Credo; o Bispo interpela os crismandos para que estes professem publicamente a fé em Jesus Cristo. <br />
<br />
Imposição das mãos: significa a transmissão do Espírito Santo; o Espírito Santo desce para proteger e transformar as pessoas. [Já no Antigo Testamento significava a transmissão de um poder ou de uma força de Deus.]<br />
<br />
Após as orações e imposição das mãos o crismando aproxima-se do Bispo e diz o nome, junto dele está o padrinho ou a madrinha.<br />
<br />
Padrinho ou madrinha: para o ser tem que ter maturidade para desempenhar esta função; tem que ser católico e ter recebido os três sacramentos da iniciação cristã; tem que estar em comunhão com a Igreja. <br />
“O padrinho apoia o confirmado para que possa manter-se firme. Dá-lhe força para arriscar a vida. É tarefa do padrinho colocar a mão direita sobre o ombro do confirmando. O ombro é uma zona de energia. A partir do ombro o guerreiro lança a flecha” [A. Grun, A Confirmação, p. 34].<br />
<br />
Unção ou crismação: é o centro, o rito essencial da Confirmação. [O crisma é uma mistura de azeite de oliveira e de bálsamo (composto de resinas de odor agradável de várias plantas) consagrado pelo Bispo na Quinta-feira Santa.] <br />
“O crisma deve difundir a perfume do amor de Cristo, impregnar os jovens com o perfume de Cristo, conferindo-lhe algo da irradiação amorosa de Cristo” [A. Grun, A Confirmação, p. 34]. “Tal como o perfume penetra no corpo e em seguida expande a sua fragrância, assim também o Espírito enche o coração do confirmando e em seguida se expande através dos seus dons …” [AV, Difusora Bíblica, p. 58]. <br />
O Bispo faz o sinal da cruz na fronte do crismando com crisma (azeite e bálsamo), a partir deste momento o crismando passa a crismado, torna-se ungido (escolhido) do Espírito Santo, comprometido com Jesus Cristo. <br />
<br />
Breve esquema da celebração: esta celebração tem (se podemos dividir) três grandes partes, a saber: Liturgia da Palavra; Liturgia do Sacramento da Confirmação; Liturgia Eucarística. <br />
<br />
Senhor<br />
Fomos baptizados no teu Espírito<br />
E a sua força veio sobre nós.<br />
Ele pode conduzir-nos<br />
Até às extremidades do mundo.<br />
Concede-nos que não nos fechemos<br />
No medo ou na indiferença<br />
Nem apaguemos em nós este fogo.<br />
Deixa que a sua força brilhe em nós<br />
E iremos, aonde Ele nos envie,<br />
Renovar a face da terra.Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-80420071293472425962010-05-15T11:46:00.000+01:002010-05-15T11:46:11.467+01:00XV - Confirmação; Sacramento da maturidade cristãOs Sacramentos são o ‘lugar’ ou ‘espaço’ de encontro com Deus de forma privilegiada num perpetuar da entrega de Jesus na cruz por amor à humanidade. <br />
<br />
Maturidade<br />
<br />
Maturidade tem a mesma raiz, a mesma origem que maduro; estar maduro é estar bom, saboroso; por exemplo: um fruto quando está maduro é quando ele é melhor. O Sacramento da Confirmação é o Sacramento da maturidade cristã – quando estamos bons, saborosos, preparados para viver a fé, no vigor da juventude. <br />
<br />
Responsabilidade e maturidade cristã<br />
<br />
Muitos cristãos baptizados e confirmados (crismados) vivem como se Deus não existisse. Muitos não cristãos perguntam: onde estão os verdadeiros cristãos? Há pessoas que se dizem cristãs e católicas e nunca entram numa igreja, nunca rezam. Ora isto é negar aquilo em que dizem acreditar. <br />
Pelo Sacramento da Confirmação o cristão baptizado assume-se como cristão. A dificuldade, nos tempos de hoje, não está em assumir a Confirmação, está em assumir o quer que seja. “Se sou depressivo e não sei enfrentar a vida, a culpa é dos meus pais. Se não sei desenvolver as minhas capacidades, a culpa é dos professores. A Igreja é culpada de eu não ter gosto na fé. A sociedade é culpada por não poder encontrar a profissão dos meus sonhos” (Anselm Grün, A Confirmação, p.15). Esta atitude do ‘coitadinho’ não leva a lado nenhum. Todos são culpados e eu? Faço esforço? Tudo depende da atitude colocada nas situações. Hoje muitas pessoas não assumem responsabilidades perante si próprias e não estão dispostas a assumi-las ou a responsabilizar-se perante a sociedade, a comunidade ou a Igreja. O Sacramento da Confirmação é o Sacramento de assumir responsabilidades publicamente no sentido de se comprometer com Cristo e com a Igreja. <br />
Depois da Morte de Jesus na cruz os discípulos ficaram baralhados, muitos foram embora; depois com a Ressurreição voltaram a reunir-se mas com medo; Jesus aparecia-lhes e tudo. Só perderam o medo e saíram para as praças a anunciar o Reino de Deus depois do Pentecostes (50 dias depois da Páscoa – podemos ler nos Actos dos Apóstolos 2, 2-4). O Espírito Santo deu-lhes força e consciência da responsabilidade que era continuar e divulgar a doutrina de Jesus. O Espírito Santo fazia-os falar, falava por Eles. <br />
Do mesmo modo que os discípulos no Pentecostes receberam o Espírito Santo também nós recebemos o Espírito Santo quando somos confirmados na fé. O Sacramento da Confirmação faz-nos profetas e testemunhas de Jesus e da sua doutrina. O crismado como que é um novo Apóstolo para a Igreja e para o mundo.<br />
<br />
Palavra de Deus <br />
<br />
“De facto, todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus. Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai! Esse mesmo Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, pressupondo que com Ele sofremos, para também com Ele sermos glorificados. É assim que também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos.” [Rm 8, 14-17; 26-27]. <br />
<br />
Questões: <br />
<br />
Sentes a responsabilidade do Sacramento que vais celebrar? Explica como entendes ou o que entendes sobre o Sacramento da Confirmação. <br />
<br />
Próximo encontro no dia 29 de Maio às 21h;<br />
<br />
[Texto realizado para encontro de formação para a Celebração da Confirmação - Melgaço 2010]Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-11142264008506170822010-05-13T19:43:00.000+01:002010-05-13T19:43:26.903+01:0013 de MaioOs olhares no dia de hoje centram-se em Fátima por ser 13 de Maio (aniversário da Aparição de Nossa Senhora) e por o Papa estar em Fátima. <br />
<br />
Esta manhã acordei com sono mas entre um pão com manteiga, leite com café e mel li o texto proferido pelo bispo do Porto D. Manuel Clemente aquando da entrega do Prémio Pessoa 2009 em que ele faz uma análise sobre o 'ser português'. Texto fantástico emaranhado de citações do Padre António Vieira, um exemplo paradigmático do 'ser português'. Vieira diz que "sem sair, ninguém pode ser grande" porque a inveja imperra os olhares e os corações embrutecem diante das qualidades dos outros (será necessário acrescentar mais alguma coisa?). <br />
<br />
Depois presidi às ladaínhas (assim conhecidas) ou rogações invocando o olhar dos santos e dos anjos sobre as sementeiras e os campos (no fundo sobre as vidas já que as sementeiras são poucas ou quase nenhumas). Avisei, mais uma vez, a Visita Pastoral do Sr Bispo e lembrei que não pedia para estarem ou não presentes porque a fé não depende desta ou daquela pessoa, deste ou daquele penteado, deste ou daquele sorriso mas de Jesus Cristo. <br />
<br />
Celebrei em louvor de Nossa Senhora de Fátima apresentando-A como Mãe da humanidade, Mãe dos crentes e esperança para todos porque nos encaminha para Jesus Cristo. <br />
<br />
Almocei com jornalistas do Diário do Minho que vieram fazer uma reportagem sobre o Santuário de Nossa Senhora da Peneda. <br />
<br />
Visitei as obras da Capela da Sra do Numão, um dos locais mais bonitos de Castro Laboreiro, que brevemente terá uma Capela digna desse nome!<br />
<br />
Um cura da aldeia num 13 de Maio! Louvado seja Deus!Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4208960733243803447.post-58251166500428426932010-05-12T20:42:00.002+01:002010-05-12T20:49:52.856+01:00O Papa em PortugalO Papa Bento XVI está em Portugal como peregrino e não deixa de ser uma interpelação permanente para crentes e não crentes. Não deixemos que os clichés, as falsas imagens, os pecados, nos afastem de tudo. A busca da Verdade exige informação e formação!
"Convido-vos a aprofundar o conhecimento de Deus tal como Ele Se revelou em Jesus Cristo para a nossa total realização. Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza."
"Vós, obreiros da cultura em todas as suas formas, fazedores do pensamento e da opinião, «tendes, graças ao vosso talento, a possibilidade de falar ao coração da humanidade, de tocar a sensibilidade individual e colectiva, de suscitar sonhos e esperanças, de ampliar os horizontes do conhecimento e do empenho humano. […] E não tenhais medo de vos confrontar com a fonte primeira e última da beleza, de dialogar com os crentes, com quem, como vós, se sente peregrino no mundo e na história rumo à Beleza infinita» (Discurso, no meu encontro com os Artistas, 21/XI/2009)."
Sem cultura que seremos? A Igreja (Povo de Deus)foi quase sempre pioneira de cultura e quando deixa de o fazer deixa de ser quem é!Ser padre entre Castro e a Penedahttp://www.blogger.com/profile/08100298168452264964noreply@blogger.com0