sábado, 5 de fevereiro de 2011

Cheque ensino

Nunca, como nos últimos tempos, se ouviu falar tanto de Educação em Portugal na luta entre o ensino estatal e o ensino privado.
Nunca, como nos últimos tempos, se fez uma guerra ridícula aos estabelecimentos de ensino privados em Portugal.
A senhora Ministra da Educação, que em alguns casos tem razão, perdeu o norte e ‘mete tudo no mesmo saco’ em prol da escola estatal.
Está tudo errado! Estará tudo errado?
Importa deixar as manifestações e as guerras entre ensino privado e estatal ou entre colégios com acordo de ensino público. A questão é muito mais profunda. De facto o ensino universalizou-se mas, ao mesmo tempo, cresceu o insucesso e a incompatibilidade de muitos jovens ao sistema ‘único’ de ensino. Porquê impor o mesmo sistema de ensino a pessoas diferentes e com interesses diferentes? Os pais não poderão interferir na educação dos seus filhos?
A função do Estado não é impor a escola pública mas possibilitar que todos os cidadãos (de direita, de esquerda, anarquistas, católicos, judeus, muçulmanos, budistas) tenham acesso ao ensino. Com base nesta premissa considero que em qualquer nível do ensino (do pré ao pós universitário) não existe liberdade de escolha e muita coisa está errada. O estado deve decidir quanto pode ou quanto quer gastar no ensino de cada cidadão e estes devem poder escolher em que escola e em que modelo querem aprender. Por isso, na minha opinião, o estado deveria estabelecer um valor de ‘cheque ensino’ igual para todos e cada um (cada família) escolhia o considera melhor. Assim as melhores escolas públicas ou privadas estavam ao serviço de todos e potenciavam-se umas às outras na luta por um ensino melhor. E não se diria que o estatal é bom e barato e o privado mau e caro ou pelo menos caro como querem deixar transparecer os senhores do ministério dos quais a Senhora Ministra é fraca porta-voz. Faça-se uma reflexão profunda sobre o ensino! Olhe-se para o ensino noutros países, por exemplo, os nórdicos. E tenha-se a coragem de dizer e decidir que caminho a ou caminhos a seguir em vez de medidas avulsas e discriminatórias.
(Surge esta reflexão a propósito do dia da Universidade Católica que estes dias se celebra e à luz dos últimos acontecimentos no ensino publico ou de serviço público em Portugal)

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