sábado, 31 de outubro de 2009

III - Identidade: sentimentos e percepções

[O encontro começa com seis imagens (que expressem sentimentos) das quais os participantes têm que escolher uma; depois fazem os grupos respectivos e apresentam as razões da escolha – elegem um porta voz e apresentam as suas conclusões em plenário.) A construção da identidade é um processo contínuo. Vamos conhecendo a pessoa (a sua identidade) pelo que faz e pelo que manifesta. Os sentimentos mostram ou demonstram como a pessoa reage, no fundo, o que a pessoa é. Podemos dizer que os sentimentos são parte integrante e importante da pessoa; através dos quais se mostra (se revela). Falamos em sentimentos e emoções ao que se refere à forma de sentir tristeza, dor, alegria, paixão, amor, ódio, medo, coragem (entre muitos outros); ou à maneira de receber gestos de carinho, afecto, ternura - ou ao modo de agir e reagir ao relacionamento com os outros; ou ainda ao querer bem ou mal a nós próprios e aos outros. Os nossos sentimentos podem comparar-se, no seu conjunto, ao nosso ‘código genético’ ou às nossas ‘impressões digitais’. Em cada um de nós existem marcas que nos identificam e distinguem; situações e acções que, muitas vezes, não podemos expressar por palavras, como por exemplo, o chorar, o sorrir, o beijar … (é a dita linguagem dos sentimentos). Mas os sentimentos são genéticos? Isto é, não podemos fazer nada para os modificar? A resposta é: sim podemos! Em muitos casos devemos! Os nossos sentimentos são fruto ou consequência de muitas situações do presente e do passado da nossa existência; nomeadamente da nossa infância (0 a 5 anos) por causa da capacidade que a criança tem para imitar e assimilar o que fazem os adultos. O ambiente social, familiar, religioso, escolar, pode ter muita influência no comportamento das pessoas. Mas, depois, vamos crescendo e amadurecendo a nossa forma de ser, de agir e de sentir. Isto é, nós podemos identificar/conhecer a nossa forma de sentir, de agir e paulatinamente corrigir ou moderar essas situações. Muitas vezes, a descoberta dos sentimentos (como a amizade ou o amor geralmente associado à paixão) estão envoltos no sofrimento porque as experiências defraudaram as expectativas (não corresponderam ao sonhado). Toda a ferida (o corte) tem que ser tratada (curada) o mesmo se passa de forma análoga relativamente aos sentimentos. Importa ‘curar’ e não ficar refém das cicatrizes. Não nos podemos excluir de sentir (não podemos evitar de amar). Deixar o coração fechado e amargurado é um erro terrível. O ser humano tem que ser livre para os sentimentos: para o amor, para a amizade, etc. Por exemplo, o tempo de namoro é uma fase de conhecimento pessoal na relação com o outro. Tempo para conhecer as qualidades e os defeitos, para descobrir se os ideais e projectos de vida se cruzam e correspondem. O tempo de namoro terá que levar a uma passagem do ‘amor à primeira vista’ para um amor sincero, sólido, um amor com projecto e com futuro. Palavra de Deus: “Como estavam a chegar os dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?» Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. E foram para outra povoação” (Lc 9, 51-56). “Quando Maria chegou ao sítio onde estava Jesus, mal o viu caiu-lhe aos pés e disse-lhe: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido.» Ao vê-la a chorar e os judeus que a acompanhavam a chorar também, Jesus suspirou profundamente e comoveu-se. Depois, perguntou: «Onde o pusestes?» Responderam-lhe: «Senhor, vem e verás.» Então Jesus começou a chorar. Diziam os judeus: «Vede como era seu amigo” (Jo 11, 32-36). Pistas de interpretação: O primeiro texto narra-nos a hostilidade dos samaritanos para com Jesus; os discípulos querem retribuir da mesma forma mas Jesus impede-os; o mal nunca produz o bem; só o perdão é agente de mudança; Jesus ensina os seus discípulos (os cristãos) a reagir perante a dificuldade de forma positiva perdoando. Neste trecho de São Lucas estão implícitos os sentimentos de Jesus. O segundo texto narra a morte de Lázaro que causa grande sofrimento às suas irmãs Marta e Maria. Jesus vai lá confortar as suas amigas e honrar o seu amigo e comove-se, isto é, chora. Aqui Jesus manifesta claramente os seus sentimentos. Chora porque Lázaro era seu amigo. Questões: Conheço os meus sentimentos? Quais predominam na minha vida? Os meus sentimentos manifestam a minha fé? Dá alguns exemplos!
[Texto elaborado para o terceiro encontro de preparação para a Celebração do Sacramento da Confirmação - Melgaço 2010]

No silêncio de Oseira

Esta semana, o clero de Melgaço, para assinalar o Ano sacerdotal reuniu-se em ambiente de oração e reflexão na Abadia Cisterciense de Santa Maria de Oseira - Orense, Espanha.
No meio das montanhas o silêncio da cadência dos dias e das melodias dos salmos entoados pelos monges no coro alto da Igreja da Abadia.
Este lugar construído durante seis séculos (séc. XII a XVIII) e reconstruído durante oito é um livro aberto de arte em louvor do nosso Deus. As abóbadas em pedra ou os altos-relevos falam do artista e do Seu Criador.
Neste tempo pudemos reflectir sobre o texto do Papa Bento XVI para Ano Sacerdotal; frisando as dimensões do dom e do serviço que cada um de nós transporta em frágeis vasos de barro.
Durante este tempo fomos acolhidos pelos monges (12) na sua casa e participamos em alguns momentos de oração da comunidade. Num ambiente austero e acolhedor vivem os monges em clausura dedicando-se à oração e a algum trabalho manual que lhes assegura a sobrevivência. Neles vê-se uma entrega total. O irmão Luís é o que trata das visitas e dos quartos. Pequeno e sorridente a todos acolhe com simplicidade e com simpatia. Este trabalho parece adequado àquela pessoa. E é. Mas este pequeno frade é um poço de sabedoria em arte propriamente dita e na arte de servir. É formado em arte e um artista comprovado com centenas de pinturas, esculturas e outras tantas exposições. Porque anda um homem destes a tratar de quartos? Porque na humildade do trabalho reforça os laços da comunidade; depois da oração (em primeiro lugar), da limpeza dos quartos e da recepção dos hóspedes ainda encontra tempo para pintar. Na humildade e no serviço está a grandeza deste frade e de qualquer pessoa (esta foi uma grande lição há muito aprendida mas tantas vezes esquecida).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O cozer do pão na Ameijoeira

O cozer do pão de centeio e trigo, no forno comunitário, ainda é uma realidade em Castro Laboreiro. Estes dias passava no lugar de Ameijoeira, em plena raia, quando vi o fumo a sair no forno comunitário. Parei para tirar fotografias e para conversar. As senhoras Zulmira, Angelina, Brazelina e Sara preparavam-se para cozer o pão. Estavam a cortar giestas e urzes para aquecer o forno enquanto que outras deitavam farinha e preparavam a massa em 'boroas' para ir ao forno. Pouco tempo depois já saía o 'bolo' (pequena 'boroa' que se coze antes que as outras) do qual me ofereceram e com o qual me deliciei: quente, macio e fofo ... que maravilha!
Noutros lugares (como na Ameijoeira) a tradição mantem-se e continuam a cozer o pão nos fornos comunitários de Castro Laboreiro; menos vezes, mas com o mesmo sabor e qualidade que perpassa gerações. Pena é que não seja em todos e que nem todos sejam preservados. Preservar para perpetuar a memória e a identidade de um povo.

II - Quem sou?

Para podermos responder à pergunta – ‘O que é ser cristão?’ – temos que em primeiro lugar perceber quem somos. Quem sou eu? Que sentido tem a minha vida? Importa referir, antes de mais, que não é fácil apresentar a nossa identidade pois somos seres em construção, em crescimento. No entanto, os traços fundamentais e fundacionais que nos identificam permanecem. Partir em busca da descoberta de nós próprios é um grande mistério. Muitas perspectivas podem ser apresentadas mas em sentido cristão nós somos criaturas de Deus. Criados para a liberdade e para a felicidade. A dignidade da pessoa humana radica, funda-se, no facto de ser criatura de Deus – porque todos (os humanos) somos criaturas todos temos a mesma dignidade aos olhos de Deus e aos olhos dos outros. Criados para e na liberdade; Deus não nos aprisiona mas dá-nos a possibilidade de O escolhermos ou de O negarmos; de fazermos o bem ou o mal. Na liberdade desafiados à responsabilidade para com Deus e para com a humanidade. A nossa identidade constrói-se na relação com Deus e com as outras pessoas. A noção de identidade aperfeiçoa-se e desenvolve-se na relação e na alteridade. Não existem duas pessoas iguais. Num grupo restrito ou na sociedade crescemos uns com os outros na afinidade ou na disparidade das opiniões. Na relação e no conhecimento do outro nasce o amor – ‘ninguém ama o que não conhece’. Criados por Deus para a felicidade somos homens e mulheres (masculino e feminino). Na diferenciação dos sexos construímos a nossa identidade. O nosso corpo (templo do Espírito Santo como nos diz São Paulo – 1Cor 6,19) merece-nos todo o respeito e atenção. Quanto tempo gastamos por dia a tratar do nosso corpo? (refeições, higiene, lazer, etc) O nosso corpo limita e possibilita as relações – sem corpo não fazemos nada. Por isso, como homem ou mulher tenho que conhecer, valorizar e respeitar o meu corpo, a minha sexualidade, a minha afectividade integrando tudo no projecto de Deus a meu respeito. Em síntese: visões do corpo na sociedade de hoje 1) Visão racista: despreza o outro só porque não tem a mesma cor, não é da mesma raça ou do mesmo sexo; 2) Visão comercial: dá valor somente às aparências, à beleza exterior, usando o corpo como propaganda de produtos (para vender e lucrar mais); 3) Visão produtiva: só valoriza o corpo pela sua capacidade de produção; o corpo vale enquanto produz, enquanto é fonte de aumento do capital; 4) Visão negativa: o corpo é feio e disforme logo há que o esconder; o corpo causa medo e vergonha; 5) Visão egocêntrica: o corpo é meu logo posso fazer dele o que quiser (sexo, álcool, droga); não tenho respeito por mim nem pelos outros; 6) Visão cristã: o corpo do homem e da mulher foi criado à imagem e semelhança de Deus. Não é resultado do acaso mas da vontade amorosa de Deus. O corpo dá-nos possibilidade de revelarmos a nossa identidade e a nossa dignidade. Palavra de Deus: “ «Tudo me é permitido», mas nem tudo é conveniente. «Tudo me é permitido», mas eu não me farei escravo de nada. Os alimentos são para o ventre, e o ventre para os alimentos, e Deus destruirá tanto aquele como estes. Mas o corpo não é para a impureza, mas para o Senhor, e o Senhor é para o corpo. E Deus, que ressuscitou o Senhor, há-de ressuscitar-nos também a nós, pelo seu poder. Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? Iria eu, então, tomar os membros de Cristo para fazer deles membros de uma prostituta? Por certo que não! Ou não sabeis que aquele que se junta a uma prostituta, torna-se com ela um só corpo? Pois, como diz a Escritura: Serão os dois uma só carne. Mas quem se une ao Senhor, forma com Ele um só espírito. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que o homem cometa é exterior ao seu corpo, mas quem se entrega à impureza, peca contra o próprio corpo. Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? Fostes comprados por um alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” [1Cor 6,12-20] Pistas de interpretação:
Paulo contesta a doutrina dos gnósticos libertinos que defendiam que tudo quanto é corporal não interfere na vida espiritual fundamentando-se na doutrina da criação. O corpo interessa a Deus que o criou. O cristianismo está atento à materialidade e à dimensão temporal do humano. O sexo enquadra-se nesta perspectiva e destina-se à realização total da pessoa humana. Paulo escreve este texto para se opor ao culto idolátrico praticado em Corinto no templo de Afrodite em que os fiéis se uniam sexualmente à prostituta sagrada para comunicar com a divindade que ela representava. Ora os cristãos são templos do Espírito Santo e estão unidos a Cristo logo a sexo sagrado não tem sentido, pode ver-se como apostasia (negação de Deus). ‘Pecar contra o próprio corpo’ não se refere ao pecado materialmente sexual mas ao pecado de idolatria. A prostituição sagrada destruía a própria essência do ser cristão. O sexo faz parte do Projecto criador mas não pode ser visto como um brinquedo, um capricho ou uma manifestação de egoísmo mas uma abertura ao outro e um serviço à humanidade. O cristão tem que compreender o que leva à realização e ao crescimento da pessoa humana; criado por Deus para a liberdade não se deve deixar escravizar por nada nem ninguém, nem mesmo pelo próprio corpo.
Questões: O que entendes por liberdade e felicidade? Sinto que me conheço? Qual é a minha visão do corpo? Porque existem visões diferentes? Próximo encontro no dia 31 de Outubro às 21h
Texto para o II Encontro de preparação para a Celebração do Sacramento da Confirmação em Melgaço

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nobel da Paz

O nobel da Paz foi entregue a Barack Obama "pelos seus extraordinários esforços para reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos". O mundo recebeu esta notícia com espanto (como o próprio premiado), como não pederia deixar de ser. Espanta não porque seja espantoso ou fenomenal mas porque parece algo demasiado hipócrita e desonesto. O Presidente dos Estados Unidos da América de facto encarou o mundo e a política externa americana com outro olhar, pelo menos diferente da do seu antecessor, mas daí até merecer o prémio Nobel vai uma grande distância. Obama colocou o unilateralismo americano em banho-maria mas o cozinhado continua a fazer-se. O estilo arrogante e autoritário com que enfrentam tudo e todos não desapareceu, apenas está dormente.
Agora que ganhou que encontre coragem, vontade e determinação por o merecer (como o mundo ficaria agradecido); que apresente propostas e resultados concretos de uma verdeira luta pela paz. O desarmamento nuclear poderá ser o seu campo de batalha (como afirmou o Padre Lombardi, porta-voz do Vaticano), assim o queira!
Entregue pela primeira vez em 1901, o Prémio Nobel da Paz foi idealizado pelo sueco Alfred Nobel, químico inventor da dinamite. Ele morreu em 1896, deixando a maior parte de sua fortuna dedicada à premiação de grandes feitos em diversas áreas do conhecimento.

Curso Geral de Catequese em Melgaço

Hoje começa, em Melgaço, o Curso Geral de Catequese. Os catequistas são convidados a aprofundar e a sistematizar a doutrina cristã, a pedagogia e a psicologia na Catequese. Estas dimensões de formação enriquecerão os catequistas e a catequese que fazem. Esta é uma oportunidade única!
Com este tempo de formação queremos formar catequistas conscientes da sua Missão e conhecedores das metodologias e dos elementos fundamentais da fé. Só com Catequistas bem formadas poderemos ter uma Catequese activa e motivadora e, ao mesmo tempo, esperar uma nova geração de cristãos mais conscientes e mais preparados para viver a fé no dia-a-dia.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

'De produndis' de António Lobo Antunes

Lobo Antunes escreveu para a Revista Visão, esta semana, uma crónica que intitula 'De profundis'. Esta crónica, como muitas outras que li de Lobo Antunes, fez-me pensar! O autor faz uma abordagem à sua relação com Deus; curiosamente, a distância com que escreve mostra a proximidade com Deus. Lobo Antunes mostra uma relação de proximidade numa luta diária com Deus (Miguel Torga, outro grande homem da nossa literatura, pisou, talvez de forma mais dolorosa, os mesmos caminhos que Lobo Antunes na proximidade e no afastamento de Deus).
E cito: "A minha relação com Deus tem sido sempre tumultuosa, cheia de desacordos e discussões: longos períodos em que me afasto, alturas em que me aproximo, amuos, quase insultos, discussões. Creio firmemente que, nos livros que escrevo, é Ele que guia a minha mão e não passo de um instrumento da Sua vontade".
Outras partes da crónica poderia citar ou então transcrevê-la toda mas fico-me por este parágrafo que me parece fantástico.
Lobo Antunes, para mim, é um grande homem das letras e dos livros mas os seus livros não os consigo ler; são duros, demasiado introspectivos, sei lá, quase esquizofrénicos e por isso não leio; por outro lado, estas crónicas são fantásticas quando ele fala dele próprio e das suas vivências e ouvi-lo é muito bom - mostra humildade e erudição (saber) coisa que muito aprecio.
Peguei neste texto porque ilustra bem como tem que ser uma relação sincera com Deus e com a própria pessoa - uma luta diária e não um adormecimento diário; Deus, a religião e a fé não anestesiam a pessoa antes a potenciam e a elevam na sua dignidade e compreensão do mundo e de si mesma. O pecado não está na dúvida, na luta, na angústia mas no adormecimento, no esquecimento e no relativismo face a Deus e à humanidade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

I - O que é ser cristão?

Neste tempo em que vivemos importa colocar a questão: ‘o que é ser cristão?’ Fazer e responder a esta pergunta não é um mero ‘perder de tempo’ porque se trata da pergunta e da resposta fundamental acerca da identidade cristã. Nos dois mil anos de história cristã passaram-se muitas coisas – boas e más. Importa, depois de tantos acontecimentos, reconhecer o que é realmente cristão católico e pôr de parte tudo o que de forma clara ou camuflada se fez passar por cristão. Do conhecimento da identidade cristã é que podemos formar uma Igreja (Povo de Deus) de fiéis conscientes e comprometidos. Se não tomarmos consciência da nossa identidade tudo e nada vale (impõe-se o relativismo moral sobre o qual o Papa Bento XVI tanto tem falado); não conseguimos dar valor ao que é realmente importante e ficámo-nos pelo que é acessório e secundário. Não se trata de uma procura da identidade para nos fecharmos nela mas para podermos dialogar e colaborar com todos com sentido crítico e construtivo. A busca e o encontro da identidade está nas fontes do cristianismo: Jesus Cristo; Palavra de Deus; Igreja; Sacramentos. Jesus é primeira referência à volta da qual tudo gira e para a qual tudo se encaminha. Tendo em conta estes elementos encontramos a nossa identidade como cristãos. É no acolhimento destas realidades e no confronto com a vida e com as pessoas que connosco convivem no dia-a-dia que nós crescemos como cristãos. Durante esta caminhada até ao Verão vamos procurar, em breves pinceladas, responder a esta questão da identidade cristã. Pois, como veremos, o Sacramento da Confirmação é o Sacramento da maturidade e da responsabilidade cristã a nível cristão, humano e social. Para melhor aprofundar e responder a esta e a outras questões, responde em consciência e de forma concisa às questões que te colocamos: Qual a razão de querer celebrar o Sacramento da Confirmação? Estou consciente de que o cristão tem que ter identidade enquanto tal? Dá dois exemplos em que se manifeste a identidade cristã face ao pensamento e ao agir da sociedade em que vivemos. Próximo encontro no dia 17 de Outubro às 21h;
[Texto elaborado para o 1º encontro de formação com os crismandos do Arciprestado de Melgaço]